ISRAEL PROPÕE CONSTRUIR UM OLEODUTO DOS EMIRADOS ÁRABES ATÉ A EUROPA PARA EVITAR RISCOS DO ESTREITO DE ORMUZ
Exportar petróleo para a Europa por meio de um oleoduto terrestre israelense ajudaria os países do Golfo a contornar as perigosas e caras rotas de navegação do Estreito de Ormuz e do Canal de Suez. Por isso, Israel proporá que os Emirados Árabes Unidos ajudem a promover a construção de um oleoduto terrestre entre a Arábia Saudita e Israel para petróleo e destilados para transporte da costa do Mediterrâneo para a Europa e América do Norte usando a infraestrutura existente da Eilat Ashkelon Pipeline(EAPC). Este plano beneficiaria Israel financeiramente e seria mais barato e seguro para os países do Golfo, evitando rotas marítimas perigosas e o caro Canal de Suez.
O bom dessa notícias é que já houve reuniões de alto nível sobre o assunto nos últimos dias envolvendo autoridades dos Ministérios da Defesa e Relações Exteriores, envolvendo o presidente do EAPC, Erez Kalfon e o CEO Itzik Levy. O acordo de paz assinado nos Estados Unidos entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, aponta exatamente para este projeto, destacado pelo capítulo de possíveis cooperações. No início deste ano, a EAPC mudou o significado de sua sigla para Europe Asia Pipeline Co. O plano do EAPC envolveria a extensão do oleoduto Ashkelon – Eilat, com cerca de 700 quilômetros até a refinaria de petróleo Yanbu, na Arábia Saudita. Esse oleoduto pode ir por terra ou debaixo d’água no Mar Vermelho.
As vantagens comerciais para a Europa é que reduziria o tempo e o custo do transporte de petróleo e destilados do Golfo para o Ocidente através do Canal de Suez. Israel poderia ganhar várias centenas de milhões de dólares por ano, permitindo que o petróleo flua através do oleoduto de Eilat até a costa do Mediterrâneo. Para a Arábia Saudita, isso reduziria a dependência das perigosas rotas marítimas em torno do Estreito de Ormuz e o Iêmen, vulnerável a ataques do Irã e piratas, na entrada do Mar Vermelho. A maioria das exportações de petróleo do Golfo vai para o leste, para Índia, China, Japão e o resto da Ásia, mas as exportações para a Europa e América ainda são muito significativas.
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