JUSTIÇA DE PERNAMBUCO BLOQUEIA BENS DA PETROBRÁS PARA O PAGAMENTO DE DÍVIDAS NA RNEST
A onda de bloqueios agora vai do Nordeste ao Sul do país. Depois de ter contas bloqueadas pela justiça do Rio Grande do Sul, para o pagamento de direitos trabalhistas dos operários demitidos em Charqueadas, agora a Petrobrás teve também outros valores bloqueados pela Justiça do Trabalho, desta vez de Ipojuca, em Pernambuco . A determinação, da juíza Josimar Mendes, é para que sejam sanadas dívidas trabalhistas avaliadas em mais de R$ 126 milhões, em relação às obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).
É mais um revés para a Petrobrás, que corre contra o tempo para adiantar os trabalhos de operação na refinaria, além de se ver cercada de todos os lados pelas investigações da Polícia Federal e o mar de denúncias que continuam surgindo. A Rnest começou a receber petróleo na terça-feira (26), mas muitas obras ainda estão em andamento no local.
A ação de bloqueio foi movida pelo Sintepav-PE, que representa os trabalhadores da construção pesada no estado nordestino. A questão se refere aos problemas nos contratos da Alumini Engenharia (ex-Alusa) com a Petrobrás, que é acusada de atrasar pagamentos somados em R$ 1,2 bilhão à empreiteira.
“O acompanhamento e fiscalização da Petrobrás da execução da obra eram imprescindíveis para impedir que a situação chegasse ao ponto em que chegou, ferindo-se a dignidade dos trabalhadores, que foram atingidos no seu direito de subsistência, frustrando a função social do empreendimento e causando transtornos a toda a região metropolitana do Recife”, afirmou a juíza em seu despacho.
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