LIDERROLL DEFENDE MALHA DE DUTOS APARENTES NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E PARA ESCOAR A SAFRA DE GRÃOS DIRETO AOS PORTOS

swswddddwwSe por um lado a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro reclama e pede que o Presidente Bolsonaro vete parte da MP da Eletrobrás, por escolher locais para construir térmicas a gás que não têm a estrutura para levar o gás, outros setores estão vibrando com a possibilidade exatamente de se construir e novos gasodutos e aumentar a malha de distribuição no país. A verdade é que esta MP vai destravar antigos projetos de gasodutos para levar o combustível ao interior do Brasil, ampliando a malha para o Nordeste e criando um ramal para o centro do país. Pode ser também uma boa oportunidade para o Brasil mudar o paradigma de construção de dutos e, ao invés de fazê-los enterrados, construí-los de forma aparente. Muita mais rápido, mais econômico e ainda proporcionando uma segurança mais efetiva.

As safras de grãos podem ser transportadas também por dutos

As safras de grãos podem ser transportadas também por dutos

Um dos defensores desse novo paradigma é o empresário Paulo Fernandes, Presidente da Liderroll. Há pelo menos dez anos ele, isoladamente levantou esta bandeira no país, desenvolveu projetos e vem defendendo esta mudança na forma de se construir esses gasodutos no país: “O Brasil vem construído gasodutos do mesmo jeito há mais de 80 anos, e na engenharia, tudo que se constrói da mesma forma, só se chega ao mesmo resultado ou pior. Mudanças para métodos inteligentes trazem resultados muito positivos e deixa-se para trás velhas manias e erros. Imaginem em relação a custos? Não há comparação. As empresas operadoras de transporte dutoviário que investirem nesses novos métodos construtivos de oleodutos e gasodutos terão uma economia de escala gigantesca. Com os dutos aparentes a segurança é feita com mais facilidade. O que se vê, se pode controlar melhor. Além disso, os dutos enterrados sofrem diversos outros ataques como corrosão sem controle, cruzamentos especiais, lençóis freáticos, rios, córregos, aqaqaqavazamentos e até furtos velados. O desgaste da tubulação é muito maior. Esta é uma boa oportunidade. A nossa experiência pode ser comprovada, o que nos dá tranquilidade de opinar sobre este tema com conhecimento de causa. Não há nenhuma legislação na ANP impedindo esta construção. Se você pode fazer melhor, mais rápido e mais econômico, por que buscar um método quase antigo?” Ainda segundo Paulo Fernandes, pode se vislumbrar uma excelente aplicação de dutos aparentes para o transporte de grãos. O que aumentaria em muito os lucros do agronegócio e do comerciante com a redução dos custos no deslocamento dos grandes volumes produzidos.

dutos enterrados. Um método que não evoluiu

Dutos enterrados: um método que não evoluiu

A  EPE (Empresa de Pesquisa Energética) tem diversos planejamentos para aumentar a malha brasileira de gasodutos, com  traçados  para vários regiões, principalmente para o Nordeste e para o Centro-Oeste, que não são atendidas. Projetos estatais estão prevendo entrega de gás em Ribeirão Preto (SP), Uberaba (MG), Uberlândia (MG), Itumbiara (GO), Goiânia (GO), Anápolis (GO) e Brasília (DF), Cuiabá, Campo Grande, interior do Mato Grosso. A MP da Eletrobrás incluiu a região do Triângulo Mineiro entre as beneficiadas pela construção de novas térmicas  viabilizando novos trechos.  Pelo elevado consumo de gás, termelétricas são consideradas estratégicas para a construção da nova rede de gasodutos. O outro gasoduto que o mercado de gás espera viabilizar seria o Gasoduto do Meio Norte, que ampliaria a malha do Nordeste, saindo de Caucaia (CE) rumo a São Luís (MA), passando pela cidade de Teresina. Para isso, uma térmica terá que ser  construída no Piauí e outra no Maranhão, para se justificar.

Dutos enterrados causam grande estrago ao meio ambiente

Dutos enterrados causam grande estrago ao meio ambiente

Além das regiões atendidas por esses gasodutos, um dos projetos será destinado a Porto Velho, o que poderia viabilizar também um antigo projeto de ligação das reservas de Urucu. A expansão da malha de gás para o interior do país é desejo antigo do planejamento estatal, mas os projetos ficaram travados pelos elevados custos, pouca disponibilidade de gás e a falta de âncoras de consumo, como as térmicas. Críticos ao projeto do governo, como a FIRJAN,  dizem que a definição dos locais onde os projetos serão instalados reduz a competição pela energia mais barata. Já a Abegás defende que as térmicas a gás substituirão usinas a óleo, mais caras, e ajudariam a recuperar os reservatórios das hidrelétricas e, portanto, teriam impacto positivo na conta de luz.

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