MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL DETERMINOU QUE A PETROBRÁS SUSPENDA A VENDA DA PBIO

Deyvid-2O Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer no sentido de que seja suspenso o processo de privatização da Petrobrás Biocombustível (PBio) até que a empresa apresente estudos de impactos socioeconômicos, trabalhistas e previdenciários sobre a eventual alienação da subsidiária, uma das maiores produtoras de biodiesel do país. O parecer do MPF defende também a convocação de audiências públicas sobre a venda da PBio. O MPF ressalta que a Petrobrás age sem fornecer aos seus empregados o direito à informação e de acompanhar “de maneira pormenorizada” o processo de alienação da empresa. “A Petrobrás, ao contrário, negou que haja utilidade os estudos sobre os impactos da alienação em sua força de trabalho”, diz o Ministério, ao acrescentar que a “uma ampla parcela da sociedade brasileira interessa saber os exatos contornos do que sucederá não apenas com a PBio e com a necessária transição para energias renováveis (em tempos dramáticos de aquecimento global), mas também com relação aos impactos socioeconômicos acarretados pela alienação da PBio.”

O parecer do MPF atende à ação civil pública ingressada pelos Sindipetros Minas Gerais, Bahia e Ceará/Piauí, no sentido de paralisar a privatização da PBio, por ausência de estudos e de informações sobre impactos sociais causados aos trabalhadores durante o processo. O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse que  “A falta de transparência é prática constante da administração da Petrobrás, que precisa ser investigada e punida pelos órgãos de controle e denunciada pela sociedade. Vendas açodadas de ativos, a preços de banana, abaixo de valor de mercado. A privatização da PBio é mais um ataque do Governo Federal às políticas ambientais, pois significa a saída da Petrobrás do setor de energias renováveis. Abandonar o setor de biocombustível, além de impactar a agricultura familiar e ampliar o desemprego, é condenar o futuro da Petrobrás, caminhando para se tornar uma empresa suja, sem compromisso com o meio ambiente.”

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