NA ABERTURA DA RIO OIL & GAS, LICENCIAMENTO E INVESTIMENTOS NA MARGEM EQUATORIAL GANHAM DESTAQUE
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Ela voltou. Começou na manhã de hoje (26), no Boulevard Olímpico do Rio de Janeiro, a feira Rio Oil & Gas, que retomou o formato presencial após mais de dois anos de pandemia. A cerimônia de abertura do evento aconteceu no auditório do Museu do Amanhã e reuniu os principais nomes do setor de óleo e gás. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, discursou durante a abertura, enaltecendo os números da indústria petrolífera brasileira. Além disso, ele reforçou a necessidade de o país garantir maior celeridade no processo de licenciamento ambiental, especialmente em ativos localizados na Margem Equatorial do país.
“Estamos trabalhando para ter melhores marcos legais, mais segurança jurídica e fortalecendo o investimento privado – que é a chave para o desenvolvimento econômico de longo prazo. Queremos mais responsabilidade no processo de licenciamento ambiental. É fundamental garantir o licenciamento ambiental que preserve o meio ambiente, mas é fundamental que a resposta [da licença] venha rapidamente. Não é possível um processo ficar 11 anos esperando por uma resposta, como é o caso da Margem Equatorial”, afirmou Sachsida. O ministro falou ainda das previsões futuras para o setor, destacando que nos próximos 10 anos, a produção nacional de petróleo deve crescer em 72%.
O presidente da Petrobrás, Caio Paes de Andrade, não esteve presencialmente no evento por recomendação médica, por conta de seu tratamento contra o câncer. No entanto, ele gravou uma mensagem para a cerimônia de abertura e também destacou o interesse da estatal em investir na Margem Equatorial. No momento, como é de conhecimento do mercado, a petroleira está caminhando com o processo de licenciamento ambiental para fazer perfurações de poços na Bacia da Foz do Amazonas. Paes de Andrade mencionou ainda que a Petrobrás deve investir US$ 2,8 bilhões nos próximos cinco anos para redução de emissão de gases poluentes em suas operações.
Já o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, disse que o Rio de Janeiro se destaca como um importante polo de energia, onde serão discutidas as fórmulas e o futuro da indústria de petróleo e gás. “Vemos essa edição da Rio Oil & Gas como uma oportunidade de discutir o futuro da indústria de óleo e gás e da descarbonização”, declarou. “As perspectivas são muito positivas, porque o Brasil tem uma realidade geológica muito favorável. Parte das maiores descobertas que aconteceram nos últimos anos estão no Brasil, sobretudo no pré-sal. A Margem Equatorial também tem uma boa perspectiva. Por isso, o Brasil tem muito potencial a ser explorado”, acrescentou.
Pelos cálculos do IBP, os investimentos no setor de óleo e gás do Brasil devem somar US$ 183 bilhões nos próximos 10 anos, com a geração de 500 mil empregos.
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