NA REUNIÃO DO G-20, BENTO ALBUQUERQUE DIZ QUE MERCADO INTERNACIONAL É QUE DEVE EQUILIBRAR PREÇO DO BARRIL

articleO Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta sexta-feira (10) que o mercado internacional é que deve, por meio de mecanismos existentes, encontrar um preço de comercialização do petróleo. A fala aconteceu durante a reunião virtual dos ministros de Energia do G-20, realizada hoje.

Albuquerque disse que o governo brasileiro não tem influência sobre o mercado de petróleo no país, sendo apenas responsável pelas políticas públicas do setor. Mas lembrou que a Petrobrás já anunciou um corte de 200 mil barris de petróleo por dia, o que representa 20% das exportações brasileiras.

Também participaram da videoconferência os representantes de Argentina, Austrália, Canadá, China, União Europeia, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Coreia do Sul, Rússia, Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

Leia abaixo a fala completa do ministro na reunião:

Senhores ministros e chefes de delegação,

Primeiramente, gostaria de agradecer o convite do reino da Arábia Saudita para participar dessa oportuna e necessária reunião.

Gostaria também de agradecer também as diversas mensagens de encorajamento que recebi de vários líderes aqui presentes durante meu período de quarentena, em recuperação de diagnóstico positivo para a Covid-19.

Espero que o mundo possa superar essa crise, sem precedentes, no mais breve prazo e estou certo de que nós, do setor de energia, temos um papel fundamental para que isso seja possível. Nesse sentido, o Brasil congratula a Arábia Saudita e os países da OPEP+ pelo acordo de ontem, que contribuirá para a estabilização do mercado de petróleo.

Com relação ao mercado de petróleo, recordo que o Brasil se tornou exportador líquido em 2019, sendo hoje um dos dez maiores produtores mundiais. A atividade de produção de petróleo no Brasil é conduzida por empresas nacionais e estrangeiras e pela Petrobras, empresa estatal de capital aberto.

Por questões legais, o governo brasileiro não tem influência sobre o mercado de petróleo, sendo apenas responsável pelas políticas públicas do setor.

No que diz respeito à Petrobras, a empresa, com base em seu plano de negócios, já reduziu sua produção em 200 mil barris de petróleo por dia, o que representa 20 por cento do total das exportações de petróleo do Brasil. A Petrobras também reduziu a produção de combustíveis em suas refinarias, em razão da retração dos mercados internacionais e da queda no consumo interno, em decorrência da Covid-19.

Nesse contexto, o Brasil entende que o mercado internacional de petróleo é que deve, por meio dos mecanismos existentes, encontrar um preço de comercialização dessa commodity.

O Brasil reitera sua disposição de sempre discutir os temas do setor de energia no âmbito do G-20, da Agência Internacional de Energia, e no plano bilateral, sempre que for de interesse mútuo.

Muito obrigado.

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joão batista de assis pereira
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joão batista de assis pereira

Falou, falou e não disse absolutamente nada de positivo. A verdade é que a Petrobras esta reduzindo sua produção em 200 mil barris/dia pois não tem mais onde estocar a sobra da sua produção e por não ser atrativo vender oleo a menos de 20 dólares o barril que custa bem mais que esse valor.