NAVIO DE GUERRA SUL COREANO JÁ ESTÁ PATRULHANDO GOLFO PÉRSICO A ESPERA DE UMA SOLUÇÃO COM IRÃ SOBRE PETROLEIRO APREENDIDO
O governo sul-coreano está considerando iniciar uma ação legal contra o Irã, após ter apreendido um de seus petroleiros na última segunda-feira(4) no Golfo Pérsico, alegando preocupações ambientais. Embora Teerã afirme que a apreensão não tem nada a ver com o dinheiro do petróleo congelado em bancos sul-coreanos devido às sanções dos Estados Unidos, Seul acredita que o Irã pode estar tentando obter acesso aos fundos. Em um relatório apresentado à Assembleia Nacional hoje (6), o Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul disse que está se preparando para entrar com uma ação judicial contra a apreensão do navio pelo Corpo da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC). O navio de guerra, o Contratorpedeiro Choi Young, já está na região.
O ministério está em processo de confirmar a alegação de Teerã de que a apreensão foi devido a questões ambientais, se o petroleiro violou as águas territoriais do Irã e se o IRGC seguiu as leis internacionais ao apreender o navio. Teerã disse que seu judiciário cuidará do que chamou de violações repetidas do navio às regulamentações ambientais marítimas, uma alegação fortemente negada pelo operador do navio. Depois de ser informado sobre o incidente por seu conselheiro de segurança nacional na segunda-feira, o presidente Moon Jae-in ordenou que o Escritório de Segurança Nacional se consultasse sobre as medidas de resposta com os ministérios relevantes.
Diplomatas da Coreia do Sul estão mantendo comunicação com o Irã por meio de embaixadas em ambos os países, já que o primeiro vice-ministro das Relações Exteriores, Choi Jong-kun, deve visitar o Irã a partir de domingo. Uma delegação separada viajou a noite ( Seul está 11 horas à frente) para Teerã. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh, porém, emitiu um comunicado dizendo que a apreensão será tratada pelas agências legais relevantes do Irã e não requer uma visita diplomática.
O porta-voz do governo iraniano Ali Rabiei, negou as acusações de que a apreensão resultou na tomada de reféns, dizendo que é a Coréia do Sul que está mantendo os sete bilhões de dólares do petróleo do Irã como “reféns” por meio de sanções americanas. Em uma investigação parlamentar nesta quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Coréia suspeitou que os fundos congelados fossem a razão por trás do cativeiro, apesar das fortes negações de Teerã. Seul e Teerã, enquanto isso, iniciaram negociações sobre a troca dos ativos congelados pela compra de vacinas COVID-19 pelo Irã, com a Coréia do Sul obtendo uma isenção das sanções americanas.
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