NOVO MODELO DE GOVERNANÇA E GESTÃO PREPARA PETROBRÁS PARA FUTURO MAIS MODERNO E RENTÁVEL, AFIRMA BENDINE
Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –
Um projeto visando o futuro, com uma Petrobrás mais moderna e adequada ao novo cenário imposto dentro do setor de óleo e gás global. Essa foi a maneira escolhida pelo presidente da estatal, Aldemir Bendine (foto), para definir o novo Plano de Governança e Gestão, lançado nesta quinta-feira (28). O novo modelo prevê mudanças na aprovação de investimentos, criação de novas instâncias, fusão de áreas e redução de pelo menos 30% dos cargos gerenciais em áreas não operacionais. Na prática, a companhia busca reduzir seus custos em até R$ 1,8 bilhão e melhorar sua imagem junto ao mercado.
Apesar de aprovado pelo Conselho de Administração na última quarta-feira (27), e já em prática dentro da companhia, segundo Bendine, o novo modelo de gestão ainda terá de passar por uma Assembléia Geral, pois se trata de uma mudança estatutária na estatal. A expectativa é que esta assembleia ocorra dentro dos próximos 30 a 60 dias, com a primeira fase de mudanças já implementada. Neste primeiro momento, o número de funções gerenciais ligadas diretamente ao Conselho de Administração, presidente e diretores cairá de 54 para 41, totalizando uma redução de 14 funções na alta administração, por conta da aglutinação da diretoria de Gás e Energia à de Abastecimento na nova diretoria de Refino e Gás Natural, concentrando em um local só as atividades downstream.
Dentro do novo organograma, a recém-criada diretoria de Desenvovimento de Produção & Tecnologia (DP&T) ficará responsável pelos projetos de investimento, concentrando gestão e competências técnicas de implantação dos projetos. O caminho para ativação de um projeto passará pela diretoria demandante, que se encarregará de formar o projeto técnico básico, em seguida encaminhado para a diretoria de DP&T, responsável pelo seu desenvolvimento, passando enfim para a Diretoria de Recursos Humanos, SMS e Serviços, que fecha o processo licitando e contratando bens e serviços. O objetivo é descentralizar o processo decisório.
Dentro da diretoria de Exploração e Produção novas gerências executivas foram criadas, por classe de ativos, como Águas Profundas, Águas Ultraprofundas, Terrestre, Águas Rasas e Libra. Esta última foi destacada pelo presidente Bendine por sua importância estratégica dentro da companhia, dado o excelente potencial, e também por seu regime diferenciado, de partilha, com sócios estrangeiros para o projeto.
Uma das maiores mudanças que este novo sistema trará é a criação de Comitês Técnicos Estatutários. Formados por gerentes executivos de diversas áreas, as instâncias terão como atribuição emitir recomendações sobre temas a serem deliberados pelos diretores, que deixarão de serem os únicos responsabilizados pelas decisões. Como é de caráter estatutário, os atos dos comitês ficarão sujeitos à fiscalização da Comissão de Valores Monetários (CVM).
As indicações de caráter político para postos dentro da Petrobrás também não acontecerão mais, afirmou Bendine. De acordo com ele, desde o ano passado essas práticas já não vêm sendo realizadas, mas a adoção de novos critérios para análise de integridade e submissão dos nomes admitidos e desligados por parte do Conselho Administração torna ainda mais claro o compromisso da estatal com a conformidade.
“Eu não convivo ou convivi com esse tipo de indicação política. A indicação primordial será por capacidade técnica. Inclusive o cargo de presidência passa por critério de integridade. Essa convivência de indicação política, não convive com esse tipo de medida. Nesse novo modelo, vamos dar preferência para a qualidade técnica para preservar a empresa para o futuro. Meritocracia é o termo que prevalece desde 2015 e vai se tornar cada vez mais forte dentro da empresa”, afirmou o presidente da Petrobrás.
As mudanças apontadas durante a coletiva de imprensa realizada mostram uma nova organização dentro da Petrobrás, no entanto, prazos não foram muito bem definidos. Bendine disse que este é um processo contínuo, e que a Petrobrás está passando por uma mudança de cultura, como parte de um processo de amadurecimento da companhia. O executivo afirmou que essas mudanças já deveriam ter sido feitas há algum tempo e que melhorar os mecanismos de gestão deve ser algo buscado continuamente dentro de uma grande empresa.
Os catalisadores para disparar esse processo dentro da companhia foram, inegavelmente, o momento delicado que o setor de petróleo vem passando, com preço do barril de petróleo beirando os US$ 30, e “alguns maus feitos dentro da companhia que ajudaram a gerar a crise”, afirmou o presidente da companhia. Ele disse que este novo modelo dá maior segurança às operações, com áreas menos segmentadas dentro da Petrobrás e uma integração maior entre elas, para aglutinar competências técnicas.
Bendine se disse muito satisfeito com o novo modelo de governança e gestão adotado pela companhia, apesar de sua ideia inicial ter sido a criação de vice-presidências. O projeto não encontrou apoio interno e acabou sendo trocado pelo novo modelo. A adaptação a esta nova fase encontrará alguns obstáculos dentro da estatal, mas Bendine destacou a importância de se ter calma e fazer todos os funcionários compreenderem os benefícios trazidos para a Petrobrás com o novo sistema.
Algumas questões pertinentes ao momento vivido pela Petrobrás também foram levantadas ao fim do pronunciamento, como a Sete Brasil, dívidas da Eletrobrás com a companhia, o fundo de pensão Petros, o valor do barril de petróleo, a venda da Gaspetro e os interessados na BR Distribuidora e Transpetro. Nem todos eles, no entanto, foram comentados por Bendine.
O preço do petróleo, apesar de abaixo do previsto no último plano de negócios da empresa, ainda não afeta a produção no pré-sal. A exploração do ativo, no entanto, passa a ser vista com mais cuidado, mas sem deixar de ser feita já que “é a garantia para o futuro da companhia”, segundo o executivo. A projeção de barril a US$ 40 e dólar a R$ 4, feita no ano passado, permitiu uma situação mais folgada para a estatal, disse Bendine.
As negociações com a Sete Brasil e Eletrobrás não foram comentadas pelo executivo, enquanto a liminar suspendendo a venda da Gaspetro foi tratada com espanto pelo presidente da Petrobrás. O negócio já foi concluído, aprovado por todas as instâncias e o dinheiro já está no caixa da estatal. Uma notificação sobre o caso ainda não foi entregue, portanto, a extensão dessa medida ainda não é sabida pela direção da Petrobrás.
O processo de venda de ativos ainda pode incluir, futuramente, partes da BR Distribuidora e Transpetro, mas o andamento desses processos não foi comentado por Bendine. Ele se limitou a dizer que a companhia tem que ser ágil, sem um modelo pré-determinado de avaliação de ativos, cabendo aos gestores ter cabeça aberta para novos modelos de negócios.
O déficit que será mais uma vez apresentado pelo fundo de previdência privada Petros foi visto por Bendine como algo a ser conversado entre as partes. As perdas farão com que um plano de equilíbrio seja lançado, o que significa em termos práticos mais dinheiro saindo do caixa da estatal e dos funcionários para cobrir o rombo de maus investimentos, como a Sete Brasil e Lupatech.
A realidade da Petrobras na atualidade não esta em linha com o discurso do Bendini. Veja artigo publicado pelo J. B. Assis Pereira, engenheiro aposentado da Petrobras na rede Linkedin: https://www.linkedin.com/pulse/pontos-de-vista-contradit%C3%B3rios-dois-engenheiros-da-estatal-pereira?trk=pulse_spock-articles FRAGILIDADE FINANCEIRA DA PETROBRAS. PONTOS DE VISTA CONTRADITÓRIOS DE DOIS ENGENHEIROS APOSENTADOS DA ESTATAL. Por: J.B. Assis Pereira. Em 27 de Janeiro de 2016, foi postado um artigo na rede Linkedin por Eugênio Mancini, engenheiro aposentado da Petrobras, intitulado: A FRAGILIDADE FINANCEIRA DA PETROBRAS. https://www.linkedin.com/pulse/fragilidade-financeira-da-petrobras-eugenio-mancini-scheleder Não posso concordar com o decano engenheiro, hoje aposentado, ao afirmar que todos os fatores que vem impondo um grave problema de fragilização financeira… Read more »
CORREÇÃO QUE SE FAZ NECESSÁRIO AO PREÂMBULO DO DISCURSO DO BENDINI PARA DEFINIÇÃO DO NOVO PLANO DE GOVERNANÇA, LANÇADO NESTA QUINTA-FEIRA (28):
“Um projeto visando o futuro, com uma Petrobrás mais moderna e adequada ao novo cenário imposto PELO APARELHAMENTO POLITICO NA ESTATAL ASSOCIADO AO CENÁRIO DEMANDADO PELA ATUAL GEOPOLÍTICA DO SETOR DE ÓLEO E GÁS GLOBAL.”
NOVO MODELO DE GOVERNANÇA E GESTÃO APRESENTADO PELO BENDINE PARA RESGATAR A PETROBRAS DOS MALEFÍCIOS DO PETROLÃO. O novo modelo de governança e gestão apresentado no dia 28/01/2016 pelo Aldemir Bendini, presidente da Petrobras para resgatar a Estatal, embora tardiamente, não passa de mais uma falácia e demonstra na realidade o tamanho do corporativismo interno reinante na Petrobras. Em suas declarações, o Presidente da Petrobras afirmou que o modelo proposto vai impor uma redução drástica de Gerencias Executiva e extinção da diretoria de gás e energia, já que esta nos planos da Estatal, vender os ativos neste seguimento, com o… Read more »
Todas as vozes e sons, pronunciados por este governo e a atual direção da Petrossaurus vem e se arrasta no vácuo, deixado pela lava jato.
Inverdades, desconhecimento e descrédito, todos pronunciados em um imenso vácuo e que o som, dia positivo ou negativo, não de propaga.
Quem seria o gerente Aprendiz de 2012 . MandacaruResponder29. jan, 2016 às 14:30 Meu amigo, até o pai da Débora Secco,já andou com o japonês da PF, isso em 2007… Covivo com estes Aiatolás do petróleo, desde quando solteiro e vi e monstrinho pavoroso depois dos 50 ficar… Conheci muitos profissionais sérios, exigentes e competentes,as depois do obá obá, o petróleo e nosso e a PETROSSAUROS, é do tamanho do Brasil e foi parar até no Chuí. O sonho morreu junto com meu amigo John Lennon. Franklin Roosevelt, também… Agora chamaram o Macarthismo, pensando e acabar com o rock e… Read more »
HOJE FOI DECRETADO O “HOLOCAUSTO ECONÔMICO BRASILEIRO” E PRATICAMENTE NINGUÉM FICOU SABENDO Decisão é uma derrota para a Petrobrás, que está sendo processada nos EUA Hoje é um dia emblemático para o Brasil, um dia triste e que vai passar em branco para a população, em uma manobra ardilosa do governo para não criar pânico. Acontece que a corte dos EUA autorizou a abertura de processos grupais contra a Petrobras, que arruinou fundos de pensões americanos devido à quebra da empresa pela corrupção e má administração. Os americanos estimam que a corrupção no Brasil gerou um rombo de US$ 28… Read more »