NOVO PRESIDENTE DO IRÃ DIZ QUE NÃO VAI ABRIR MÃO DOS DIREITOS NUCLEARES DE SEU PAÍS E DA VIGILÂNCIA DO GOLFO PÉRSICO

ddsssNo seu primeiro discurso, o novo Presidente do Irã, Ebrahim Raissi, que assumiu o cargo no último dia 5, garantiu que está determinado a manter a capacidade de dissuasão nas águas do Golfo Pérsico. Ele assegurou ainda que o Irã vai defenderá os seus direitos nas negociações sobre o nuclear. As declarações de Raissi foram transmitidas numa conversa telefônica com o Presidente francês Emmanuel Macron, que apelou para Teerã para pôr fim rapidamente às violações iranianas ao acordo assinado em 2015. Segundo Raissi, as negociações com as potências mundiais sobre o relançamento do acordo de 2015, que deveria regular a energia nuclear iraniana, têm de garantir os direitos do Irã: “Em qualquer negociação, os direitos do povo iraniano devem ser preservados e os interesses de nossa nação garantidos”.

O Presidente francês insistiu no compromisso de Paris em encontrar uma solução e manifestou disponibilidade para se envolver ainda mais nas negociações. O novo Presidente iraniano, acusado recentemente de ter feito um recente ataque a um petroleiro ao largo de Omã, realçou que o país trata a questão com seriedade.A República Islâmica leva muito a sério quando se trata de garantir a segurança e a manutenção da sua capacidade de dissuasão na região do Golfo Pérsico e no Mar da Arábia. O Irã fará frente aos que puserem a segurança da região em causa.”  Na semana passada, o ataque ao petroleiro Mercer Street ao largo da costa de Omã, que os Estados Unidos, Israel e o Reino Unido afirmam ser da responsabilidade do Irã, provocou a morte de um romeno e um britânico.

Apesar do ataque, os Estados Unidos já manifestaram a disponibilidade de continuar com as negociações para se voltar ao acordo assinado em 2015, em Viena, do qual a anterior administração norte-americana, liderada por Donald Trump, se retirou em 2018. A conversa telefônica entre os dois presidentes inclui temas como a situação no Médio Oriente, região em que a França quer também garantir a segurança marítima e a liberdade de navegação. O Palácio do Eliseu disse que Macron defendeu a necessidade de se preservar a estabilidade na região, pelo que as questões do Iraque e do Líbano também foram abordadas. “O Presidente da República manifestou o desejo de reforçar os laços entre os dois países para melhor responder aos atuais desafios globais”.

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