ODEBRECHT VAI CONSTRUIR GASODUTO DE 450 KM NO MÉXICO

Enquanto o Brasil não avança na expansão da malha dutoviária, aumentando a produção, mas sem previsão de aumentar a capacidade de escoamento, os países vizinhos não estão perdendo tempo, e inclusive estão contratando empresas brasileiras para fazerem os serviços. Agora, a Odebrecht, poucos dias depois de ganhar um contrato parecido no Peru, foi escolhida para construir, em consórcio, um gasoduto de 450 km no México, em contrato de US$ 935 milhões.

O presidente do país, Enrique Peña Nieto (foto), vem criando iniciativas para ampliar a indústria de petróleo no México, a partir de um processo de abertura do mercado ao setor privado e a ampliação dos serviços de infraestrutura, como a expansão da malha de gasodutos.

Neste caso, a linha deverá ter uma capacidade de cerca de 40,5 milhões de metros cúbicos por dia e contará com duas estações de compressão. Passará por Sierra Madre, ligando os estados de San Luis Potosi, Nuevo Leon e Tamaulipas.

O contrato foi fechado com a estatal Pemex e com a TAG Pipelines, que formaram uma parceria para desenvolver o gasoduto. As duas companhias escolheram o consórcio liderado pela Odebrecht, denominado AOT Pipelines, que conta ainda com a argentina Techint e com a mexicana Arendal.

O projeto é fruto da estratégia de Peña Nieto para aumentar a participação do gás na matriz energética do país, aproveitando as reservas de xisto dos Estados Unidos. Com o foco na expansão da malha, a previsão é que o país construa 10 mil quilômetros de novos gasodutos nos próximos cinco anos.