OPEP+ FINALIZA ACORDO PARA REDUZIR A OFERTA GLOBAL DE PETRÓLEO EM 10%

EVcIKuHXYAgsDOCEnfim, o aguardado acerto aconteceu. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e outros grandes produtores de petróleo – grupo conhecido como Opep+ – chegaram a um consenso e costuraram um novo acordo para reduzir a oferta do produto no mercado internacional. O novo corte chegará a 9,7 milhões de barris por dia em maio e junho, o que representa praticamente 10% da atual oferta global de petróleo.

A redução será progressivamente suavizada nos meses seguintes. De julho a dezembro, o corte na produção será de 7,7 milhões de barris por dia. E depois, no período entre janeiro de 2021 e abril de 2022, os países se comprometeram a reduzir a oferta em 5,8 milhões de barris diários.

Esses ajustes de produção são históricos; eles são maiores em volume e mais longos, pois estão planejados para durar dois anos. Estamos testemunhando hoje o triunfo da cooperação internacional e do multilateralismo, que são o núcleo dos valores da OPEP”, comemorou o secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo (foto).

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Reunião da OPEP foi realizada por videoconferência

Este foi um primeiro e importante passo na tentativa da Opep e seus aliados de reequilibrar os preços do barril de petróleo no mercado internacional. Na manhã desta segunda-feira, o preço do barril WTI acumulava alta de 2,5%, sendo negociado a US$ 23,34. Já o Brent mantinha preço estável, a US$ 31,45.

O acerto da Opep começou a ser concebido na última quinta-feira (9), quando a Arábia Saudita – que lidera a organização – e a Rússia concordaram em reduzir suas produções. Foi o fim de uma guerra de preços entre as duas nações, que estava sendo travada desde março. Daquele período em diante, os valores da commodity despencaram, influenciados também pela queda da demanda provocada pela pandemia da Covid-19.

Antes do acerto final da Opep+, houve uma reviravolta inesperada: o México, que também participou das negociações, ofereceu certa resistência para assinar o acordo, devido ao volume de produção que teria de abrir mão – 400 mil barris por dia.

Até que entrou os Estados Unidos entraram no jogo e se ofereceram a assumir parte do corte da produção mexicana. Assim, ficou acertado que o país latino reduziria sua oferta em 100 mil barris diários, enquanto que os EUA faria um corte extra em nome do México.

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