OPERAÇÃO LAVA JATO AVANÇA NA ÁREA POLÍTICA E JUSTIÇA QUEBRA SIGILO FISCAL DE JOSÉ DIRCEU | Petronotícias




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OPERAÇÃO LAVA JATO AVANÇA NA ÁREA POLÍTICA E JUSTIÇA QUEBRA SIGILO FISCAL DE JOSÉ DIRCEU

JOSE DIRCEUAs investigações da Operação Lava Jato estão chegando cada vez mais perto do alto escalão do poder nacional e agora alcançaram o ex-ministro da Fazenda José Dirceu (foto), condenado no caso do Mensalão. A Justiça Federal determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal dele, de seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e da empresa JD Assessoria e Consultoria, que pertence aos dois. Segundo o Ministério Público Federal, há indícios de que a empresa tenha recebido recursos de empreiteiras ligadas ao esquema de corrupção na Petrobrás.

Com a quebra do sigilo, os investigadores descobriram que a empresa de Dirceu recebeu R$ 3.761.000,00 das construtoras Galvão Engenharia, OAS e UTC Engenharia, todas alvo das investigações, tendo alguns de seus principais executivos presos em Curitiba.

O período abrangido pela quebra do sigilo fiscal foi de 1º de janeiro de 2005 a 18 de dezembro de 2014, enquanto o sigilo bancário foi quebrado entre 1º de janeiro de 2009 e 18 de dezembro de 2014, sendo que o MPF chegou à empresa de Dirceu ao analisar documentos contábeis das empreiteiras.

Das três empresas, a que mais repassou recursos a Dirceu foi a UTC, que fez dois pagamentos à consultoria dele, nos valores de R$ 1.337.000,00, em 2012, e outro de R$ 939 mil, feito em 2013. A empreiteira afirma que o dinheiro foi pago à título de prospecção de negócios de infraestrutura no Peru e na Espanha. Já a Galvão repassou R$ 725 mil, enquanto a OAS fez pagamentos somados em R$ 720 mil. As duas empresas não comentaram o caso. O ex-ministro confirmou, em nota, que prestou serviços de consultoria às empresas citadas no documento da Justiça Federal, e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos ao Judiciário.

Os investigadores querem saber agora se os pagamentos feitos à JD Assessoria e Consultoria foram para o pagamento de propinas, assim como era feito com as empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef.

Um dos primeiros executivos presos a se pronunciar sobre a questão política foi o vice-presidente da Engevix, Gerson Almada, que saiu do silêncio na quinta (22) para se defender das acusações. No documento enviado à justiça por seu advogado, ele afirma que “o pragmatismo nas relações políticas chegou a tal dimensão que o apoio no Congresso Nacional passou a depender da distribuição de recursos a parlamentares”, complementando em outra parte do texto: “Não por coincidência, a antes lucrativa sociedade por ações, a Petrobrás, foi escolhida para a geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias”.

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