OPERAÇÕES NO TEBIG SÃO ALVO DE DISPUTA ENTRE PETROBRÁS E SECRETARIA AMBIENTAL
Nem só de problemas políticos vive a Petrobrás. No sul do estado do Rio de Janeiro, no município de Angra dos Reis, a estatal vem travando uma batalha com a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e a prefeitura local. A companhia detém o Terminal da Baía da Ilha Grande (Tebig) na cidade, no entanto, há três anos o terminal opera através de licenças provisórias.
A dor de cabeça é tanta que a Petrobrás já considerou retirar suas operação até para o Uruguai. No início do ano, três vazamentos levaram a SEA a suspender as licenças de transbordo ship to ship e colocou em análise a licença para exportação a partir do transbordo entre navios atracados no píer.
Nesse momento que surge a figura da prefeitura municipal, já que nas operações ship to ship o estado recebe o royalty, enquanto nas operações realizadas dentro do terminal o município recebe uma quantia que gira em torno de R$ 300 milhões por ano, entre royalties, IPTU, ISS e repasses do ICMS.
A secretária de Fazenda de Angra dos Reis, Antoniela Lopes, disse que a Petrobrás tinha planos de um segundo berço no terminal, reduzindo as operações ship to ship e aumentando a arrecadação do município, entretanto, os problemas com licenciamento fizeram a estatal desistir do projeto.
O governo estadual vem tentando diminuir a atuação da companhia no Tebig, sugerindo a transferência de parte das operações para o Porto do Açu, mas a estatal não se interessou muito na proposta, já que Angra fica mais próxima do Porto de São Sebastião, permitindo concentrar a movimentação de mais de 80% do fluxo de petreóleo e derivados no país em um raio de 300 quilômetros apenas.
A saída das operações realizadas no Tebig para outra localidade podem acabar por encarecer os custos no processo, já que as melhores opções são no Espírito Santo e Uruguai.
Governo do Estado do Rio de Janeiro é maluco, será que não consegue enxergar que não é um bom momento para arrumar briga! O que está querendo mais desemprego, menas arrecadação. O saindo daquele local, vai trazer prejuízos enormes para aquela localidade. A loja de material de construção, as padarias, os mercados, os pedreiros, eletricistas, que fazem serviços nas residências dos empregados que trabalham no TEBIG, diaristas, manicures, cabeleireiros, escola particular etc…
Ninguém consegue notar nada disso não!!!
O derramamento de petróleo na baía da Ilha Grande, área que ainda conserva o que restou de mata atlântica é um risco constante nessas operações. Em termos econômicos esses desastres ambientais afeta a pesca artesanal praticada na região, além do turismo, ambas as atividades são importantes fontes de renda para região.
É urgente rever os modelos esses modelos de crescimento que além de degradarem o meio ambiente representam concentração de renda.