OPERADORA LOGÍSTICA HEVILE CONQUISTA CERTIFICAÇÃO OEA, PROJETA CRESCIMENTO DE 15% E MIRA NOVOS NEGÓCIOS EM ÓLEO & GÁS
O ano de 2024 será promissor na história da operadora logística Hevile. Depois de ter registrado um aumento de 47,48% no volume de peso aéreo transportado do Brasil para o exterior em 2023, a companhia iniciou 2024 conquistando a cerificação de Operador Econômico Autorizado (OEA). Em suma, as empresas que conseguem essa chancela são como parcerias estratégicas da Receita Federal. Ou seja, são operadoras consideradas de baixo risco e confiáveis e ganham benefícios oferecidos pela Aduana Brasileira. O sócio-diretor da Hevile, Guilherme Paulino, comemorou a conquista e vislumbra novos negócios por conta desse novo feito. “Atingimos os mais altos padrões de segurança para o transporte da carga, com critérios rígidos inclusive para contratação de pessoal próprio, e isso com certeza coloca a Hevile como um dos Agentes de Cargas eleitos para participar do mercado de Oil & Gas, onde as empresas procuram cada vez mais por transparência e segurança”, afirmou. Falando em óleo e gás, a Hevile está pisando firme para conquistar mais presença no setor, especialmente após a conquista dessa nova certificação. O segmento petrolífero agora passa ser uma das principais áreas de atuação. “Nosso foco agora é consolidar a Hevile definitivamente no setor do Oil & Gas, mantendo a essência de uma empresa que tem soluções customizadas para seus clientes, analisando caso a caso, embarque por embarque, com maior cautela”, afirmou. Com esses novos horizontes abertos, Paulino prevê que a empresa alcançará um crescimento na casa dos 15% neste ano.
Poderia começar relembrando aos nossos leitores como é a atuação da empresa no setor de logística?
A Hevile nasceu em 1997 em Recife (PE), atuando como Freight Forwarder especializado em Cargas Perecíveis. Desde então, são anos evoluindo, acompanhando as mudanças do mercado, e claro, pensando sempre no melhor para as necessidades de cada cliente. Em 2015, acontece a criação do Departamento de Cargas Projeto, onde tivemos o prazer em Transportar quatro Deckhouses da Coreia do Sul para o Estaleiro Atlântico Sul no Brasil, parceria formada na ocasião com a BBC CHARTERING. [Nota da Redação: assista ao vídeo dessa operação ao final desta entrevista.]
Em 2018, a Hevile chega finalmente ao Sudeste para atuar juntamente aos Players Locais, incluindo uma parceria forte com uma das maiores fabricantes de Tubulações e Spools para o mercado de Oil & Gas, a EBSE (Empresa Brasileira de Soluções e Engenharia), em Santíssimo-RJ. Com a abertura dos novos mercados e investimentos no Sudeste, e com ampliação dos escritórios e também contratação de profissionais altamente qualificados, o setor do Oil & Gas passa ser uma das principais áreas de atuação, e é esse cuidado especial com o qual já tratamos nossas cargas e clientes que estamos trazendo para esse setor, expandindo a Hevile a novos horizontes.
Como foi o volume de negócios e operações em 2023? E como tem sido esses primeiros meses de 2024 para a empresa?
Fechamos o ano de 2023 com o 6º Lugar no IATA CASS – Ranking IATA baseado no volume de peso aéreo transportado do Brasil para o exterior, com um crescimento apurado de 47,48% no ano, o que corresponde a quase 20 milhões de quilos transportados por via aérea.
Quanto aos primeiros meses de 2024, precisamos fechar o primeiro trimestre para analisar o nível do crescimento, mas pautado pela experiência e pela carga de trabalho, é nítido o crescimento em comparação com o mesmo período do ano passado.
Temos como parceiro estratégico, por sermos baseados no Rio de Janeiro, o nosso querido Aeroporto Tom Jobim (Galeão). Infraestrutura impecável, primeiríssimo mundo, graças a Administração e Competência da Concessionária Aeroporto Rio de Janeiro – RIOgaleão, que tem a CHANGI como sócia majoritária.
Quanto ao modal marítimo, apuramos um crescimento de 25,23% alcançando a marca de 1000 TEUs no ano de 2023. Para o ano que se inicia, acreditamos que com a abertura de novas frentes de trabalho, novos commodities, esperamos um crescimento na casa dos 15%.
Agora, gostaria que contasse aos nossos leitores como foi o processo de obtenção do certificado de OEA?
A Hevile vem se preparando para a Certificação OEA há pelo menos 3 anos. É um processo longo e que requer o preenchimento de várias condutas e procedimentos para se eleger e se certificar como uma empresa parceira da Receita Federal do Brasil.
O Operador Econômico Autorizado (OEA) é um parceiro estratégico da Receita Federal que, após comprovar o atendimento a todos os dificílimos requisitos e critérios do Programa OEA, é certificado como Operador de Baixo Risco, Confiável e, portanto, usufruirá de todos os benefícios oferecidos pela Alfândega Brasileira, relacionados à maior agilidade e previsibilidade de sua carga nos fluxos comerciais internacionais.
Atingimos os mais altos padrões de segurança para o transporte da carga, com critérios rígidos inclusive para contratação de pessoal próprio, e isso com certeza coloca a Hevile como um dos Agentes de Cargas eleitos para participar do mercado de Oil & Gas onde as empresas procuram cada vez mais por transparência e segurança.
O que isso representa para a companhia em termos de novas atividades?
Para a Hevile, é uma oportunidade de estarmos inclusos num seleto Hall de Agentes de Cargas Certificados pela Receita Federal do Brasil e poder atuar junto a grandes corporações e empresas que realmente procuram por clareza, segurança e transparência no transporte de suas cargas.
Quais são os planos de expansão e investimentos da Hevile para os próximos anos?
Continuamos nosso plano de expansão e investimentos baseados em propósitos e compromissos. Nosso foco agora é consolidar a Hevile definitivamente no setor do Oil & Gas, mantendo a essência de uma empresa que tem soluções customizadas para seus clientes, analisando caso a caso, embarque por embarque, com maior cautela.
Por fim, em sua opinião, quais medidas e ações do governo ou do mercado deveriam ser adotadas para melhorar a logística no Brasil?
Temos um longo caminho a percorrer aqui. Investimento é a palavra. Isso vai desde modernização de Portos e Aeroportos, incentivo a Cabotagem, que ainda é muito tímido se comparado aos outros modais, principalmente com o modal rodoviário, que por sua vez sofre também com a falta na melhoria das rodovias, que são completamente precárias.
Posso citar inúmeros pontos aqui que podem ser melhorados no Brasil. A exemplo das exportações de gengibre fresco do estado do Espirito Santo, onde o acesso aos transportadores rodoviários para entrega e posterior coleta dos Containers Reefers, é feita por estradas sem nenhuma sinalização e conservação, muitas vezes por estradas de chão sem nenhuma pavimentação.
Diferentemente no Galeão, temos o aeroporto de Guarulhos em São Paulo com um volume monstruoso de voos e uma infraestrutura bem simples, onde em vários casos, dependemos do uso de câmara frigoríficas improvisadas, pois não atendem nem a demanda nem as condições técnicas que as cargas necessitam.
Infelizmente perdermos muito por descaso das autoridades, muitas cargas que poderiam chegar ao seu destino final, e não chegam por incapacidade logística no Brasil.
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