PARLAMENTO IRANIANO DESAFIA PAÍSES COM QUEM O IRÃ FEZ ACORDO E AUTORIZA PRODUÇÃO DE URÂNIO ENRIQUECIDO PARA USO MILITAR

ZAAZAZO Irã vai avançar com seu projeto nuclear. O Parlamento do país aprovou um projeto de lei para impulsionar ainda mais os investimentos e as atividades do setor da energia nuclear. O projeto foi aprovado por  251 votos a favor e contempla a produção e o armazenamento de 120 quilos de urânio a 20% (o urânio com enriquecimento superior a 20% é considerado de uso militar).  O projeto de lei autoriza a produção de pelo menos 500 quilos de urânio de baixo enriquecimento por mês. Atualmente, o Irã enriquece urânio acima dos 3,67% previstos pelo Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), acordo que assinou em julho de 2016 com o grupo 5+1 (Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e mais Alemanha).

A decisão é uma reação motivada pelo atentado que matou o maior cientista nuclear do país, Mohsen Fakhrizadeh, ocorrido na semana passada, perto de Teerã, capital do Irã. Os parlamentares indicaram que o projeto de lei supõe a ativação das avançadas centrifugadora de que o país dispõe. A normativa implica, além disso, na construção de um novo reator de água pesada de 40 MW para produzir radioisótopos destinados à medicina. Vários meios salientaram que o texto obriga o governo a suspender por dois meses o acesso às instalações nucleares que não fazem parte dos acordos com a Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA). Segundo a nova lei, o Executivo deve deixar de seguir o protocolo se o Irã não conseguir normalizar as operações bancárias com a Europa e a exportação de petróleo para essa região.

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