PETROBRÁS AVALIA RISCO DE ATRASO NO FPSO ALMIRANTE BARROSO E ESTUDA RELANÇAR VENDA DE REFINARIAS

rodrigo-araujoA vacinação contra a covid-19 avança pelo mundo, mas os efeitos da pandemia ainda reverberam em algumas atividades econômicas. No caso da Petrobrás, por exemplo, a empresa está avaliando possíveis efeitos da pandemia nas obras do FPSO Almirante Barroso, que será instalado no campo de Búzios.

Em relação a eventuais atrasos, temos efeito da covid-19 afetando obras. Estamos avaliando impactos na obra de Búzios 5 [Almirante Barroso], que está na China, no estaleiro COSCO. Houve impactos especialmente nas fases de engenharia, construção e cadeia de suprimentos. Esses impactos ainda estão sendo avaliados e vamos ter mais detalhes no plano estratégico 2022-2026”, declarou hoje (29) o gerente executivo de sistemas submarinos da Petrobrás, André Cordeiro, durante teleconferência com investidores.

Inicialmente, a ideia da Petrobrás era começar a operação do navio-plataforma em 2022. Cordeiro acrescentou ainda que quanto às demais plataformas em construção, o cronograma de execução está dentro do previsto.

O tema venda de refinarias também foi discutido durante a teleconferência. O diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores, Rodrigo Araújo (foto), afirmou que atualmente o processo de desinvestimento em refino mais adiantado é o da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná. Além disso, a companhia também está em um estágio mais avançado na venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor). Araújo adicionou ainda que o processo de venda da Refinaria Gabriel Passos (Regap) deve entrar em breve na fase de ofertas vinculantes.

O diretor foi questionado sobre os próximos passos da Petrobrás em relação aos desinvestimentos de refinarias que não avançaram – Repar, Refap e Rnest. “Em relação aos processos que não foram bem sucedidos, temos situações diferentes. No caso da Repar, a questão do preço foi a grande variável chave. Houve uma discussão de valor bastante fora do mínimo que entendemos como razoável. No caso da Rnest não tivemos uma oferta vinculante e na Refap não chegamos a um bom termo na discussão das condições”, detalhou Araújo. O executivo concluiu dizendo que o interesse da Petrobrás é retomar esses processos e discute o tema com o Conselho Administrativo Econômico (CADE).

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