PETROBRÁS CANCELA A LICITAÇÃO DE NOVO FPSO PARA ITAPU E REALOCA A P-71 PARA O CAMPO
A Petrobrás decidiu cancelar a licitação para contratação de um novo navio-plataforma para o campo de Itapu, dentro da Cessão Onerosa da Bacia de Santos. Ao mesmo tempo, a estatal anunciou que a unidade que produzirá na área será o FPSO P-71, originalmente previsto para o campo de Tupi (anteriormente chamado de Lula).
A P-71 está atualmente no estaleiro Jurong, no Espírito Santo, em fase final de construção. A unidade faz parte da família dos FPSOs replicantes, com capacidade de produção de 150 mil barris por dia. A escolha da Petrobrás em realocar o navio para Itapu tem algumas razões.
Para lembrar, no final do ano passado, a estatal adquiriu integralmente os direitos de produção do campo de Itapu durante o leilão do excedente da Cessão Onerosa, em novembro passado. A petroleira alega que a alocação da embarcação para o projeto poderá antecipar seu primeiro óleo em cerca de um ano.
Para conseguir transferir a P-71 para Itapu, a Petrobrás assinou um compromisso de compra da plataforma com seus parceiros do consórcio BM-S-11, bloco onde fica localizado o campo de Tupi. Pelo acordo, a Petrobrás fará um desembolso de US$ 353 milhões, correspondente à parcela dos sócios Shell e Petrogal na P-71.
Assim, os sócios do Consórcio BM-S-11 decidiram elaborar um novo Plano de Desenvolvimento para Tupi, que será entregue para a Agência Nacional do Petróleo em 2021. A anglo-holandesa Shell vê a operação de venda da P-71 como condizente com o objetivo da companhia de aprimorar seu portfólio e preservar caixa no atual cenário de mercado.
“Este acordo permite que o Consórcio siga buscando oportunidades para aumentar ainda mais o fator de recuperação do campo de Tupi, com uma maior eficiência de capital”, afirmou a companhia em comunicado.
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