PETROBRÁS COMEMORA ARRECADAÇÃO DE R$ 4,8 BILHÕES PELAS VENDAS DE SEUS ATIVOS EM 2021, MAS AINDA ENFRENTA RESISTÊNCIAS

rlamA Petrobrás está divulgando um dado que vai colocar lenha na fogueira daqueles que defendem a privatização da companhia e para aqueles que acreditam que isso é um crime. A empresa está informando que a venda de ativos da companhia em 2021 resultou na entrada no caixa da companhia de aproximadamente US$ 4,8 bilhões até 7 de dezembro. Para a Petrobrás, “Estes recursos, que são essenciais para que a empresa consiga investir em ativos que proporcionam maior retorno, são fruto da assinatura de venda de 17 de ativos e da conclusão de 14 processos de desinvestimento ao longo deste ano”. Até o terceiro trimestre de 2021, a Petrobras diz que investiu o montante de US$ 6,1 bilhões, superando de forma significativa o valor obtido com desinvestimentos, mesmo antes de contabilizados os investimentos do quarto trimestre.

A Petrobrás, ao contrário das instituições que reúnem seus funcionários, considera que dentre os principais marcos do ano, destaca-se a conclusão da venda da Refinariarlam 1 Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, por US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões), para o fundo Mubadala. Com a conclusão da venda da RLAM, realizada no último dia de novembro deste ano, a Petrobrás está determinada a seguir o compromisso firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a venda de 50% da sua capacidade de refino. Já os petroleiros recebem isso como uma espécie de “beijinho no ombro.” Ainda em 2021 foram assinados os contratos de venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná. Seguem em andamento os processos visando a assinatura do contrato de venda da Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais, e da Lubrificantes e Derivados do Nordeste (LUBNOR), no Ceará. E por isso, acredita-se, novos embates virão de parte a parte, com disputas na justiça pelo direito de vender ou não.

Entre os ativos de Exploração e Produção, alguns dos movimentos em 2021 foram as conclusões da venda de campos em terra e águas rasas, como os polos Miranga e Rio Ventura, na Bahia, e Rabo Branco e Do-Re-Mi, em Sergipe. Importante também o avanço nos processos para desinvestimento nos campos de Albacora e Albacora Leste, em fase vinculante, e no campo de Papa-Terra, com contrato de venda assinado, ambos no Rio de Janeiro. Outras operações de ativos relevantes fechadas no ano foram a PBoferta pública de ações da BR Distribuidora, que resultou em US$ 2,2 bilhões, a assinatura da venda da Gaspetro e a conclusão da venda dos 10% remanescentes da NTS. Para a gerente executiva de Gestão de Portfólio da Petrobrás, Ana Paula Lopes do Vale Saraiva (foto à esquerda), “os resultados alcançados em 2021 foram muito importantes e mostram que seguimos perseguindo uma gestão ativa de portfólio que permita que a companhia foque seus investimentos nos negócios em que tem maior expertise e possa obter o melhor retorno.”

A empresa continua defendendo que a  gestão de portfólio na companhia está lastreada “na saída de ativos menos aderentes ao seu plano estratégico e realocação de recursos em ativos onde está o foco da companhia, como os campos em águas profundas e ultraprofundas do pré-sal.” A Petrobrás diz que os recursos oriundos da venda de ativos são fundamentais para projetos como o desenvolvimento exploratório de novas fronteiras,  caso de áreas na chamada Margem Equatorial e em Sergipe Águas Profundas (SEAP), nas regiões Norte e Nordeste do país, além da exploração das bacias de Santos e Campos, no Sudeste: “Assim como são fundamentais no avanço da implementação do programa RefTOP, que busca reposicionar o setor de refino da Petrobrás, colocando-a entre as melhores refinadoras do mundo em termos de eficiência, desempenho operacional e produtos de alta qualidade.”

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