PETROBRÁS COMPLETA 67 ANOS NESTE SÁBADO DOMINANDO OS MARES E VENDENDO ATIVOS | Petronotícias




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PETROBRÁS COMPLETA 67 ANOS NESTE SÁBADO DOMINANDO OS MARES E VENDENDO ATIVOS

aaqqaHoje o dia tem sabor especial para a indústria brasileira de óleo e gás. A Petrobrás chega aos seus 67 anos com bons motivos para comemorar. Os avanços tecnológicos, em especial os da última década, elevaram a estatal a outro patamar de grandeza. É dona natural, como gosta de ser chamada, de um saber ímpar na exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas. Só para se ter ideia de quão longe a petroleira conseguiu chegar, basta lembrar que o reservatório do campo de Tupi, por exemplo, está a quase 5 mil metros de profundidade.  É uma distância que equivale a cerca de duas vezes a altitude do Pico das Agulhas Negras, ponto culminante do estado do Rio de Janeiro. Mas enquanto “escala montanhas”, a empresa vive também um momento de transformações. Está saindo de diversos negócios, vendendo um verdadeiro arsenal de ativos e atraindo, claro, muitas críticas em relação a essa postura.

Captura de tela 2020-10-03 132956O aniversário da empresa, mesmo em pleno final de semana, motivou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a divulgar uma mensagem para celebrar a data. Ele lembrou dos feitos tecnológicos e operacionais da companhia e também frisou o papel social da empresa durante a crise da pandemia do coronavírus: “Nesta oportunidade, gostaria de destacar e enaltecer que a grandeza da empresa não está apenas na sua performance operacional. [Mas] está também no seu espírito público, por meio de atitudes corajosas, eficazes e de grande significado para a sociedade. A Petrobrás, para diminuir os efeitos da crise, realizou doações no valor de R$ 30 milhões”. Você pode assistir à mensagem ao final desta reportagem.

Enquanto isso, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) promoveu também na manhã de hoje um ato em frente à sede da companhia para celebrar o aniversário da empresa e também protestar contra as privatizações que a atual gestão vem promovendo. A semana que se encerra neste sábado, aliás, foi muito decisiva em relação ao futuro dos desinvestimentos da empresa. Conforme noticiamos, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu duas decisões favoráveis à Petrobrás em relação a venda de ativos. Na quinta, a Corte negou um pedido de liminar para suspender o processo de negociação de oito refinarias. Já ontem (2), o Supremo deu o aval também para que a companhia continuasse com as vendas de ativos de exploração e produção.

WhatsApp Image 2020-10-03 at 12.27.55Em um comunicado,  a FUP lembra que “Em 2005, antes do pré-sal, os investimentos totais da Petrobrás em valores nominais foram de US$ 10,6 bilhões. Para este ano, a projeção é de US$ 8,5 bilhões. Essa cifra menor poderia ser justificada pela pandemia de Covid-19, que mexeu com todo o mercado de petróleo e o consumo de combustíveis. Entretanto, em 2019 o investimento total da companhia foi de US$ 10,75 bilhões – ou seja, já nos níveis de 2005, sem pandemia. A compra e venda de ativos faz parte da estratégia empresarial de qualquer empresa, e não é diferente com a Petrobrás. Entretanto, apenas de janeiro de 2019 a julho de 2020, a média mensal de teasers de vendas foi de 2,5. Entre junho de 2016 e dezembro de 2018 (ou seja, dois anos e meio), essa média foi de 1,4. Já entre janeiro de 2013 e maio de 2016 (três anos e meio, a média de teasers foi de 0,4 por mês.”

Um dos últimos anúncios feito pela Petrobrás motivou uma ação popular com pedido de tutela de urgência na 1ª Vara da Justiça Federal de Campos dos Goytacazes (RJ) contra a Petrobrás e a União para impedir que a empresa venda os campos de Albacora e Albacora Leste, na Bacia de Campos, e suas instalações, conforme o Petronotícias informou.  A ação foi ajuizada pelo Sindipetro-Norte Fluminense, representado por seu coordenador geral, Tezeu Bezerra, uee alega que o ato da estatal “põe em risco o patrimônio público em razão de falta de análise de gestão de crise e de alienação da participação em setores altamente lucrativos”. Albacora Leste abriga a P-50, plataforma que, em 2006, garantiu a autossuficiência brasileira em petróleo. Entretanto, mesmo com o campo ainda produzindo em média 30,7 mil barris por dia e com potencial já descoberto pela Petrobrás no pré-sal, a empresa colocou-o à venda. No entanto, a Petrobrás conseguiu uma segunda vitória no Supremo Tribunal Federal (STF), que  conferiu segurança jurídica ao regime aplicável aos projetos de desinvestimentos de ativos de E&P da companhia.

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Tem muito mortadela que ainda tem esperança de mamar muito da estatal