PETROBRÁS CONSEGUE APROVAR PAGAMENTO DE DIVIDENDOS, APESAR DE POLÊMICA ENVOLVENDO ASSISTÊNCIA DE SAÚDE
A Petrobrás informou que a Assembleia Geral Ordinária realizada ontem (14) aprovou a proposta para destinação do resultado do exercício de 2020, encaminhada pelo Conselho de Administração. Assim, ficou decidido um pagamento de dividendos para acionistas no valor de R$ 10,272 bilhões, correspondente ao valor de R$ 0,787446 por ação ordinária e preferencial em circulação.
A decisão aconteceu após um imbróglio judicial envolvendo mudanças na Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) da Petrobrás. Para lembrar, como noticiamos ontem, o desembargador Rafael Paulo Soares Pinto, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, decidiu impedir as mudanças na AMS após uma ação judicial protocolada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Essa decisão impediria a realização da Assembleia, já que a distribuição dos R$ 10 bilhões de dividendos, segundo a FUP, tem como base a utilização de receitas decorrentes de manobras contábeis que pressupõem a utilização de provisões atuariais do plano de saúde, na ordem de R$ 13 bilhões. Contudo, horas mais tarde, o mesmo desembargador voltou atrás e reconsiderou sua decisão. Assim, a assembleia pôde ser realizada. A FUP declarou que vai recorrer.
No início do ano a Petrobrás anunciou a transferência da gestão da Assistência Multidisciplinar de Saúde para uma nova entidade, a Associação Petrobrás de Saúde. A estatal alega que o “custo administrativo da AMS é elevado, já que operação e gestão são da Petrobrás, que não é uma empresa com expertise em saúde suplementar”.
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