PETROBRÁS PROJETA US$ 16 BILHÕES PARA A BACIA DE CAMPOS, COM A PERFURAÇÃO DE MAIS DE 100 POÇOS

fernando-borges (2)Na manhã de hoje (25), o diretor de exploração e produção da Petrobrás, Fernando Borges, trouxe o detalhamento dos próximos passos da companhia nesse segmento. Um dos principais destaques é o anúncio de investimento de US$ 16 bilhões para a Bacia de Campos entre 2022 e 2026. A projeção da companhia é elevar sua produção na área para cerca de 900 mil barris de óleo equivalente por dia. Esse aumento na extração de óleo será baseado no projeto de revitalização de Marlim e na entrada em operação do FPSO do Projeto Integrado de Parque das Baleias. A Bacia de Campos também deve receber um grande programa exploratório, com mais de 100 novos poços perfurados. O diretor trouxe ainda alguns detalhes sobre o chamado Programa RES20, cujo objetivo é incorporar 20 bilhões de barris de óleo equivalente às reservas totais da companhia. Esse volume é quase equivalente à toda a produção da Petrobrás em seus 68 anos de vida. Borges falou também das projeções de produção até 2026 e trouxe um panorama do programa exploratório da empresa na Margem Equatorial. Veja abaixo alguns dos principais destaques de sua fala durante o Webcast – Divulgação do Plano Estratégico 2022-26.

Poderia apresentar um panorama dos investimentos da Petrobrás em E&P nesse novo plano estratégico?

fpsoA estratégia da Petrobrás de crescimento com geração de valor está assentada em investimentos que buscam trazer o valor das jazidas do pré-sal. O investimento no segmento de exploração e produção entre 2022 e 2026 será de US$ 57 bilhões – 23% a mais do que o plano anterior. Isso é fruto de novos projetos nesse horizonte. Durante o quinquênio, teremos 15 sistemas entrando em operação, dando sustentação ao crescimento da nossa produção nesse período com ativos de excelente qualidade. Uma fatia de 63% dos investimentos em E&P está voltada ao desenvolvimento da produção no pré-sal. 

Destacamos ainda um investimento muito importante no pós-sal. Uma parcela de 26% dos investimentos será em ativos na Bacia de Campos. Esse novo planejamento estratégico traz também o plano de desenvolvimento de Sergipe-Alagoas Águas Profundas (SEAP), com dois sistemas de produção para essa área. 

E em relação aos investimentos em exploração?

O investimento exploratório, na casa dos US$ 5,5 bilhões, concentra-se na bacia do Sudeste, com quase 60% desses recursos. Os 40% restantes serão aplicados na Margem Equatorial. A Petrobrás detém 79 concessões de exploração. Nesse quinquênio, temos a expectativa de perfuração de 70 poços exploratórios.

Na Margem Equatorial, temos o objetivo de iniciar a perfuração no segundo semestre do ano que vem. Temos 16 concessões naquela região e, probabilisticamente, podemos chegar a 17 poços perfurados, buscando revelar o valor que hoje está sendo bastante divulgado sobre a exploração nessa área, tendo em vista seus aspectos semelhantes à Guiana e ao Suriname. 

Como a Petrobrás pretende ampliar suas reservas de petróleo?

sede-petrobrasO programa RES20 buscará, nos próximos 10 anos, a incorporação de 20 bilhões de barris de óleo nos campos que operamos em volumes totais, não só a parcela Petrobras. Para mostrar a significância desse número, basta lembrar que nos 68 anos de história da Petrobrás, produzimos 23 bilhões de barris.

Esse programa está baseado nos ativos de excelente qualidade do pré-sal. Além disso, o desenvolvimento tecnológico nos traz oportunidades, com aplicação de sísmica de alta resolução nessas jazidas. A Petrobrás passa a ter um modelo de jazida muito mais bem definido e detalhado. Fazendo o uso da tecnologia, como a Inteligência Artificial, e o profundo conhecimento técnico que possuímos, vamos desenvolver os melhores modelos de reservatório da indústria, calcados em informação de qualidade e buscando o aumento do fator de recuperação desses campos em produção. 

Quais são as projeções de aumento de produção da companhia?

Na visão de 2022 até 2026, nossa produção de óleo passará de 2,1 milhões de barris por dia para 2,6 milhões de barris por dia. Em termos de produção total de óleo e gás equivalente, passaremos de 2,7 milhões de barris diários em 2022 para 3,2 milhões de barris diários em 2026, já considerando os desinvestimentos. Destaco aqui a relevância do pré-sal para alavancar o crescimento da nossa produção. A camada hoje já representa quase 70% da produção da Petrobrás e, ao final de 2026, esse índice subirá para 79%.

E quais serão os planos para a Bacia de Campos?

surfA Bacia de Campos continua sendo estratégica no portfólio da Petrobrás. Em termos de produção futura, existe a projeção de chegarmos a 900 mil barris diários, a partir de uma série de investimentos. Serão três novos sistemas de produção, sendo dois deles na revitalização de Marlim e um para o Projeto Integrado de Parque das Baleias.

Destinaremos US$ 16 bilhões para os ativos na Bacia de Campos. Hoje, a Petrobrás produz 700 mil barris de óleo equivalente por dia nessa região. Se a Petrobrás não investisse, com o declínio natural, a produção na Bacia de Campos chegaria a 300 mil barris por dia em 2026. Então, dois terços dessa produção de 900 mil barris prevista para 2026 virão desses investimentos e projetos já definidos. A previsão é de perfurar mais de 100 novos poços na Bacia de Campos.

Como está a evolução dos custos de extração da Petrobrás?

O custo de extração da companhia, olhando os últimos cinco anos, esteve em uma média de US$ 8 por barril de petróleo. Temos um prognóstico de chegar nos próximos cinco anos a US$ 4,8 por barril. Isso seria alavancado pelo excelente desempenho do pré-sal, onde o custo de extração ficará em US$ 3,5 por barril entre 2022 e 2026. Em relação ao custo total de petróleo produzido, a Petrobrás projeta chegar a US$ 29 por barril.

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