PETROBRÁS REGISTRA PREJUÍZO DE R$ 48,5 BILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO

petrobrasA tempestade perfeita que atinge a indústria mundial de óleo e gás deixou um estrago daqueles no resultado financeiro da Petrobrás no primeiro trimestre do ano. A estatal acaba de anunciar, no início da noite desta quinta-feira (14), um prejuízo de R$ 48,5 bilhões durante o intervalo. O número é resultado da revisão das premissas de longo prazo da empresa diante do novo cenário mundial e do preço do barril Brent.

O prejuízo contábil em nada afeta a saúde e sustentabilidade da Petrobras. Trata-se de situação bastante distinta da vivenciada em 2014-2015 quando a companhia enfrentava duas crises, uma financeira e outra moral, e a baixa de ativos refletia a vulnerabilidade da companhia”, escreveu o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, em comunicado ao mercado.

A receita líquida da empresa caiu 7,7% no primeiro trimestre de 2020 ante o resultado dos últimos três meses de 2019. É um reflexo da queda do valor do barril Brent e do menor volume de venda de derivados no Brasil, com destaque para diesel, gasolina e QAV. Estes produtos foram os mais afetados pelos impactos das medidas de isolamento social em vigor no país. As receitas com gás natural desceram 13% devido à queda na demanda e no preço.

Apesar disso, houve aumento significativo no volume exportado, principalmente de petróleo, com recordes registrados em janeiro e fevereiro. Naqueles dois meses, a queda do Brent ainda não era tão severa. Por isso, as receitas com vendas externas cresceu 10,5%. A China foi o principal destino das exportações de petróleo durante o primeiro trimestre (48%). No final do ano passado, o país asiático representava 68% das vendas do produto. 

As despesas operacionais da companhia subiram 243% no primeiro trimestre na comparação com o trimestre anterior, principalmente pelo reconhecimento de R$ 65,3 bilhões em impairments.

A Petrobrás disse que se desconsiderado os efeitos especiais, principalmente impairment e ágio na recompra de bonds, o prejuízo da empresa entre janeiro e março foi de R$ 4,6 bilhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 37,5 bilhões e cresceu 36,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado e 2,7% frente ao quarto trimestre de 2019.

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joão batista de assis pereira

RESULTADO PREVISÍVEL FRUTO DA INCOMPETÊNCIA DOS ADMINISTRADORES. REDUZIRAM DRASTICAMENTE O TAMANHO DA PETROBRAS, E AGORA, NÃO SABEM O QUE FAZER COM O ÓLEO A MENOS DE 20 DÓLARES O BARRIL. De fato, a proposta do governo federal e séquito, em reduzir drasticamente o tamanho da Petrobras, com propósito de desalavancagem de sua dívida é falaciosa e esta em linha com a política do governo Bolsonaro. Nesse sentido, a atual administração da Petrobras e equipe econômica do governo federal pretende mesmo entregar o controle da estatal a especuladores ou fundos abutres internacional, pois nenhuma empresa, fundo de pensão, ou qualquer investidor… Read more »

joão batista de assis pereira
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NÃO BASTASSE A PANDEMIA, A PETROBRAS TRAZ A REBOQUE EM SUAS DERRADEIRAS DECISÕES UMA TSUNAMI DEVASTADORA CONTRA EMPRESÁRIOS, FORÇA DE TRABALHO, APOSENTADOS E PENSIONISTAS. O excelente artigo publicado pelo website PETRONOTÍCIAS revelando que em plena crise causada pela Pandemia, a Administração da Petrobras optou por demissões e relação perversa com seus fornecedores foi quase perfeita, faltou citar as maldades que essa administração vem impondo a seus empregados, aposentados e pensionistas sexagenários. Em relação a seus fornecedores, a administração da Petrobras foi curta e grossa e não perdeu tempo em declarar a Pandemia como evento superveniente e imprevisível, decretando a ocorrência… Read more »