PETROBRÁS TEVE DESVALORIZAÇÃO DE R$ 65,3 BILHÕES EM CAMPOS PRODUTORES DE ÓLEO E GÁS

plataformaA soma da desvalorização do barril, a queda na demanda por petróleo e derivados e o excesso de oferta fez a Petrobrás reconhecer uma desvalorização de R$ 65,3 bilhões em diversos de seus campos produtores. A estatal reavaliou a recuperabilidade econômica dos ativos diante da atual crise da indústria mundial do petróleo.

Haverá uma mudança estrutural na economia mundial, pois são esperados efeitos permanentes do choque provocado pela crise atual sobre a economia, bem como ocorrerá uma mudança de hábitos dos consumidores, já observados nos dias atuais, que tende a ser perene”, escreveu a companhia em seu balanço financeiro.

Com esse novo cenário à frente, a Petrobrás revisou para baixo o valor de diversos campos de águas profundas, principalmente em Roncador, Marlim Sul; Polo Norte, Albacora Leste, Polo Berbigão-Sururu, Polo CVIT e Mexilhão. A desvalorização deste conjunto de ativos chegou a R$ 57,6 bilhões.

Já as perdas relacionadas aos campos de águas rasas somaram R$ 6,625 bilhões. “O impairment dos campos de águas rasas corresponde a 100% no valor de livro desses ativos, os quais tinham a uma produção média de 23 mil barris de petróleo por dia”, detalhou a petroleira.

BARRIL A US$ 50 SÓ SERÁ REALIDADE DEPOIS DE 2024

A estatal também está cética quanto a uma recuperação rápida do preço do barril de petróleo. Para este ano, a companhia estima que o valor do Brent (negociado em Londres) ficará na média de US$ 25 por barril. Em 2021, o produto deverá subir para US$ 30. No ano seguinte, a petroleira prevê que o preço do insumo chegue a US$ 35.

Já para 2023 e 2024, a Petrobrás calcula que o valor do Brent fique em US$ 40 e US$ 45, respectivamente. Imaginar o barril a US$ 50 será possível apenas no longo prazo, avalia a estatal. “O elevado nível de estoque de petróleo mundial […] retardará o reequilíbrio do balanço de oferta e demanda”, afirma a Petrobrás.

A petroleira também considera que “as indústrias consumidoras de petróleo, dadas as mudanças atuais, não manterão as demandas projetadas, no período pré-crise, para o longo prazo, diminuindo os patamares de consumo”.

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joão batista de assis pereira

Quem vai pagar a conta do péssimo desempenho da Petrobras frente as desastrosas decisões que antecederam a Pandemia, mais uma vez é o investidor minoritário que debandará em massa da estatal, assumindo o prejuízo decorrente, já que não terão rendimento por um bom tempo, face ao monstruoso imparimment que decretou imenso prejuízo no 1T 2020. Não foi pelo resultado em si, mas devido ao brutal imparimment, que ainda não refletiu plenamente a Pandemia, pois o resultado reflete os meses de jan a Mar/2020, que foi aplicado neste balanço, entre janeiro e março, quando a empresa fez uma baixa contábil de… Read more »

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