PETROBRÁS TEVE QUEDA DE 3,1% NA SUA PRODUÇÃO PRÓPRIA EM 2022, MAS BATEU RECORDE COM A SOMA DE CONSÓRCIOS COM OUTRAS PETROLEIRAS
A Petrobrás anunciou que atingiu todas as suas metas de produção em 2022, mas a produção de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (GNL) da empresa no Brasil no ano passado somou 2,648 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia). Isso representa uma queda de 3,1% na comparação com o ano anterior. Mas, no relatório de produção do 4º trimestre, divulgado na noite de ontem (8) a companhia destacou que a produção operada, com origem dos campos onde é operadora, mas em que parte do volume pertence às parceiras, alcançou recorde de 3,641 milhões de boe/dia. Aí, neste caso, a alta chegou 2% sobre 2021.
O recorde da produção operada se deve, principalmente, à entrada em operação do FPSO Guanabara (campo de Mero) e da P-71 (campo de Itapu), bem como à continuidade da evolução das produções (ramp-ups) da P-68 (campos de Berbigão e Sururu), FPSO Carioca (campo de Sépia) e FPSO Guanabara, todos localizados no pré-sal da Bacia de Santos. Outro fator que contribuiu para este resultado foi a entrada em produção de novos poços da Bacia de Campos.
A produção de petróleo e líquido de gás natural (LGN) e gás comercial pertencente somente à Petrobrás foi de 2,361 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), 2,7% acima do centro da meta. A produção de petróleo e LGN foi de 2,154 milhões de barris por dia (MMbd) 2,6% acima do centro da meta.
A companhia também bateu recorde anual, em 2022, de produção própria do pré-sal, com média de 1,97 MMboed, representando 73% da produção total da Petrobrás. A produção da companhia no pré-sal vem crescendo e o recorde registrado representa um incremento de 83% em relação ao volume produzido pela Petrobrás nesta camada há 5 anos.
O fator de utilização total (FUT) do parque de refino foi de 88% em 2022, 5% acima de 2021. As vendas de Diesel S-10, de baixo teor de enxofre, têm crescido de forma consistente, representando 59% das vendas totais de óleo diesel em 2022 da Petrobras. A produção anual deste derivado também bateu recordes no parque de refino como um todo (386 mbpd). No ano passado, os óleos do pré-sal representaram 62% da carga processada no refino, estabelecendo novo recorde em relação ao processamento de 59% em 2021. Esses óleos apresentam grande rendimento de derivados de alto valor agregado e possuem baixo teor de enxofre, contribuindo para a redução de emissões. A Petrobrás também seguiu com o desenvolvimento de mercado de correntes de óleo do pré-sal, de forma a maximizar o valor das exportações da Petrobrás.
No 4º trimestre de 2022, a produção média de óleo, GNL e gás natural alcançou 2,65 MMboed, em linha com o 3T22. A produção de óleo e GNL foi de 2,111 MMbd, em linha com o 3T22. A produção total própria no pré-sal, no 4T22, foi de 1,98 MMboed, representando 75% da produção total da Petrobras. A produção total operada pela Petrobras, por sua vez, atingiu 3,70 MMboed no trimestre, 1,5% acima do trimestre anterior, devido principalmente ao ramp-up do FPSO Guanabara e início de produção da P-71. Em novembro, a Petrobrás registrou recorde de produção mensal de óleo em um único poço do pré-sal, marca atingida pela P-70. Nesse mês o poço ATP-6 atingiu a marca histórica de 56,5 mil bpd, confirmando a alta produtividade do campo de Atapu. Também no 4º Trimestre de 2022, a companhia realizou a primeira exportação de Mero, abrindo um novo mercado com a Tailândia.
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