PETROLEIROS PROTESTAM CONTRA POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRÁS E CAMINHONEIROS AMEAÇAM PARAR O PAÍS

swswswswsdddddParece que os objetivos de Castello Branco, diretoria e conselho de administração da Petrobrás, em conceder um novo aumento dos combustíveis repentino, fora da previsibilidade como pediu o Presidente Jair Bolsonaro, tiveram o êxito. Os executivos da estatal podiam até não querer explicitamente, mas tinham perfeita ciência dos graves riscos que uma ação como esta poderia ter para o país e para a economia brasileira como um todo. Não há inocentes neste jogo. Parece que os resultados foram alcançados.  Colocaram o mercado nervoso por causa  da grande possibilidade  de uma nova greve de caminhoneiros, aos moldes de 2018, no governo de Michel Temer.  Horas depois do anúncio do quinto aumento seguido do preço da gasolina e do Diesel este ano, o caso está borbulhando entre caminhoneiros que já começaram uma mobilização para cobrar respostas do presidente Jair Bolsonaro. ” Não dá mais. Agora chegou a hora de todos os trabalhadores, os autônomos, dos caminhoneiros se unirem novamente. Vamos mostrar a nossa força de novo. Podemos parar o país novamente.”  A ameaça vem do presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim (foto principal).

Para lembrar, ele  foi uma das figuras de destaque durante a greve de 2018.  Até agora, apesar de fazer cobranças ao presidente Bolsonaro, não estavag5g5g5ggt5 apoiando uma nova paralisação. Ele se comprometeu em  realizar conversas com outras lideranças, mas que a tendência é que haja algum tipo de protesto. A principal reivindicação da categoria, é mudar a política de preços da Petrobrás.  Para Landim, a maior parte da categoria acabou optando por não parar no início de fevereiro, quando chegou a ter uma convocação de greve, por conta da situação da pandemia.

Outra forte manifestação, vem da Federação Única dos Petroleiros, que reúne os sindicatos de petroleiros de todo Brasil. Em nota, a FUP diz que os  reajustes dos combustíveis “podem causar convulsão social similar à do Chile”. Para a FUP, somente a implantação de uma política de Estado para os combustíveis e a extinção imediata do PPI adotado pela Petrobrás desde 2016 podem dar previsibilidade aos preços, cujos reajustes constantes penalizam a população e pressionam a inflação. A federação diz que este novo reajuste irá pressionar ainda mais a inflação, provocando reajustes em cadeia em vários itens, inclusive nos alimentos: “Tudo isso em um momento de grave crise econômica, com desemprego em alta e boa parte da população à espera do auxílio emergencial”.

wwswswswswswsddddPara o Coordenador da FUP, Deyvid Bacelar (foto à esquerda),  “A manutenção da injusta política de preços da Petrobrás, que olha somente para as cotações do petróleo e do dólar sem considerar os custos nacionais de produção dos combustíveis, é mais um elemento da total incompetência do governo Bolsonaro. Não podia ser diferente vindo de um presidente que nega a Covid, a maior crise sanitária mundial, que ignora mais de 250 mil mortes pela doença, que não tem um plano de vacinação da população, que sequer acelera a aprovação do auxílio emergencial, vital para uma parcela significativa da população. Bolsonaro é o maior responsável pelo caos econômico e social do país, e que tende a piorar com os reajustes dos combustíveis. A convulsão social no Chile, em 2019, começou por causa do reajuste das tarifas do metrô. Aqui já estamos registrando protestos contra o aumento dos combustíveis, e isso tende a aumentar”,

GREVE DOS CAMINHONEIROS EM 2018

O coordenador geral da FUP reforça a posição da federação e de seus sindicatos, de que é necessário haver uma política de Estado, imune a governos e governantes, para os preços dos combustíveis. Entretanto, antes disso, é crucial a extinção imediata da política focada no PPI adotada pela Petrobrás desde 2016. Para a FUP e seus sindicatos, é possível adotar uma precificação que considere os custos nacionais de produção dos combustíveis, adotando alguns parâmetros internacionais, já que o petróleo é uma commodity global, cotada em dólar.

Quanto à redução de PIS/Cofins para o diesel e o gás de cozinha,  a FUP reforça que, em que pese a imensa desigualdade tributária no país, tal renúncia fiscal não irá solucionar o problema. Segundo Bacelar, “O governo Bolsonaro tenta jogar para os estados a responsabilidade pelos preços de gasolina, diesel e gás de cozinha cada vez mais altos, quando todos os números mostram que a causa é a política de reajustes da Petrobrás. Mesmo usando petróleo do Brasil e produzindo a maior parte desses combustíveis em suas refinarias, a Petrobrás insiste em olhar para o exterior para determinar os preços aqui dentro. Nenhuma petroleira estatal de países autossuficientes em petróleo faz isso. Quem paga essa conta, claro, é a população.

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Estão esquecendo dos usineiros, do álcool.

Como explicar o álcool custar R$ 4,00/litro?