APESAR DO PREÇO DO BARRIL, PETROBRÁS AFIRMA QUE EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL CONTINUA VIÁVEL

PRODUÇÃO DO PRÉ-SAL BATE RECORDE EM SETEMBROO barril de petróleo está sendo comercializado a quase US$ 40 dólares, nível mais baixo desde a crise de 2008. O valor é reflexo da indefinição por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre o futuro do insumo, já que os países membros não concordaram quanto a que estratégia adotar nesse momento. Uma das principais implicações do baixo custo do barril é a inviabilização de projetos mais complexos, como o pré-sal, areais betuminosas e gás de xisto. No Brasil, a Petrobrás afirma que a produção no pré-sal continua sendo competitiva, mesmo com indicações contrárias.

Recentemente, a estatal disse que um valor entre US$ 50 e US$ 52 seria suficiente para produzir no pré-sal, levando-se em consideração os custos de infraestrutura para escoar o gás produzido. Se desconsiderarmos esses valores, ainda assim, um custo de pelo menos US$ 45 por barril é preciso. Em outubro, o presidente da Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA), Oswaldo Pedrosa, afirmou que o valor mínimo para que a exploração na área fosse viável era de US$ 55.

Com uma produtividade crescente, os campos do pré-sal tiveram seu preço de extração reduzido a US$ 8 no terceiro trimestre deste ano, o que aponta para uma maior viabilidade dos investimentos na área. Embora a empresa afirme que o valor pode baixar ainda mais com o desenvolvimento das reservas na região, a tendência é de que o valor aumente conforme somam-se custos operacionais, financeiros e tributários sobre o processo de produção.

A companhia afirmou ao jornal Valor Econômico, porém, que vem conseguindo reduzir alguns custos, devido a alta produtividade dos campos, além do momento oportuno para renegociar contratos e conseguir valores mais baixos no mercado. Alguns poços no local já passam de 30 mil barris por dia e o pré-sal já é responsável por 24% de toda a produção da Petrobrás, considerando a média deste ano.

Além da Petrobrás e o pré-sal, a Shell e Statoil também foram afetadas pela indefinição da Opep e tiveram que cancelar processos exploratórios no Ártico. A norueguesa abriu mão de 16 licenças para exploração em que era operadora, além de outros 50 projetos onde era sócia da ConocoPhillips.

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