QUEDA DA COTAÇÃO DO PETRÓLEO E AUMENTO DA PRODUÇÃO MUNDIAL CRIAM A EXPECTATIVA DE REDUÇÃO NOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS
O mercado ainda vive a incerteza e a expectativa da queda abrupta do petróleo que abre espaço para uma redução nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobrás no curto prazo. Essa expectativa cresceu também em função da decisão da Opep+ no último domingo que chegou a um acordo para elevar a produção mensal de petróleo do grupo a uma média de 400 mil barris/dia por mês até o fim do ano, a partir de agosto. Após a paralisação das negociações há três semanas, em meio a um impasse entre Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, o acordo acabou em linha com as previsões do mercado. O impacto da desvalorização da commodity sobre a economia brasileira, em relação à arrecadação da União, Estados e municípios brasileiros com as receitas petrolíferas, por sua vez, deve ser limitado.
Em geral, qualquer queda no preço do barril afeta positivamente a economia nacional, do ponto de vista da inflação dos combustíveis, mas negativamente as perspectivas de arrecadação dos cofres públicos com royalties. O mercado está alerta porque a imprensa brasileira aponta novas variantes de covid-19 trazendo sinais de preocupação sobre a recuperação da economia global. O barril do tipo Brent, referência global, recuou 6,6%, para US$ 68,62. Desde o início de junho, a commodity vinha se sustentando acima dos US$ 70, ante os sinais de recuperação da economia global. Até que ponto essas informações são realmente verdadeiras ou exageradas é o que se espera nos próximos dias.
O patamar histórico está relativamente próximo de ser alcançado. Um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que, só no primeiro semestre, a arrecadação do Estado do Rio com royalties já alcançou 72,57% do arrecadado em 2019, conforme o Petronotícias informou. Mesmo com a desvalorização de ontem o Brent ainda se situa acima das projeções da ANP, que considera, para 2021, um barril a US$ 62,21 – abaixo da cotação média do petróleo este ano, até agora, de US$ 65,64.Já do ponto de vista do impacto do petróleo na inflação, a queda dos preços da commodity abriu espaço para uma redução nos preços dos derivados. Desde que assumiu a presidência da Petrobrás, em abril, o general Joaquim Silva e Luna tem prometido reduzir as volatilidades nos reajustes e repassar, para as distribuidoras, impactos conjunturais.
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