RED WING LANÇA NOVA TECNOLOGIA PARA PROTEÇÃO DE TRABALHADORES E PLANEJA INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA BRASILEIRA

Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –

WarrenTitoEmbora atravesse hoje uma de suas mais graves crises, a indústria brasileira de óleo e gás continua no radar de grandes companhias estrangeiras e o horizonte é de retomada do crescimento pelos próximos anos. Com essa visão, a empresa têxtil Red Wing mira hoje o Brasil e planeja sua entrada na cadeia nacional de fornecimento para o setor de petróleo, onde busca ampliar suas vendas de uniformes voltados à proteção de trabalhadores contra mosquitos transmissores dos vírus da Zika e da dengue. Atuante em mais de 110 países, a companhia norte-americana vem apostando em sua nova tecnologia VectorGuard para se consolidar no setor e ampliar o alcance de seus produtos de forma competitiva na indústria brasileira. De acordo com o vice-presidente global de vendas e distribuição da Red Wing, Tito Warren, o país é atrativo para novos investimentos e pode integrar a estratégia de crescimento da empresa em meio à retomada do mercado internacional: com os primeiros planos sendo traçados ainda este ano, a companhia deve chegar ao país já em 2017. “Nós estamos avaliando como entrar efetivamente na indústria brasileira hoje. Estivemos no Brasil ao longo dos anos, e existe uma oportunidade real de termos sucesso aqui.”

Em que consiste a tecnologia VectorGuard?

O tratamento do VectorGuard embute permetrina no tecido de algodão não inflamável, incluindo o Daletec e o FlashGuard que manufaturamos para nossos uniformes.

No atual cenário de mercado, a indústria busca a redução de custos em toda operação. Este novo produto é eficiente nesse sentido? Como a Red Wing pretende manter preços competitivos?

O VectorGuard e os uniformes da Red Wing como um todo são extremamente competitivos em termos de custos. Eles não são caros sob a perspectiva do valor que trazem para o trabalhador. Realisticamente, os benefícios que podem ser obtidos com a utilização do produto superam de longe o aumento marginal dos preços. Com respeito à questão de “como nos mantemos competitivos”, não conheço outra companhia que use esse produto na cadeia de óleo e gás em nível industrial. Existem aplicações recreativas dessa tecnologia, mas a Red Wing é a primeira a prover uma solução para condições de trabalho industrial.

As demandas por esse produto têm crescido nos últimos meses?

Nós não tivemos um pico nas demandas associado a um incidente relativo ao vírus Zika, que vem sendo mais relevante entre os últimos 90 a 120 dias. No entanto, eu diria que há um crescimento contínuo da preocupação quanto à proteção dos trabalhadores em ambientes de exposição a mosquitos que carregam doenças como dengue ou malária.

Quais são hoje as perspectivas da Red Wing na indústria brasileira?

Nós estamos avaliando como entrar efetivamente na indústria brasileira hoje; existem, naturalmente, uma série de desafios pelos quais temos que passar para nos tornamos líderes no mercado brasileiro. Estivemos no Brasil ao longo dos anos, e existe uma oportunidade real de termos sucesso aqui. Nós vamos tomar passos, mais ao fim de 2016, para iniciar uma estratégia de entrada no mercado e trabalharemos para executar esse plano já no início de 2017.

Quanto o setor de óleo e gás representa no faturamento da empresa? Há uma expectativa de crescimento pelos próximos anos?

Sendo uma empresa privada, nós não divulgamos as finanças relativas ao que vendemos em um setor específico, mas sequer é preciso falar que o mercado de óleo e gás representa um segmento significativo para os negócios globais da Red Wing. Quanto às expectativas de crescimento, nós enxergamos o setor de óleo e gás retomando uma alta no início de 2017, e tomamos uma série de medidas em todo o mundo para estarmos preparados. Nós não reduzimos nosso quadro de funcionários e fizemos investimentos relevantes para estarmos prontos quando a indústria de óleo e gás voltar a crescer no ano que vem.

Quais são os principais mercados para a Red Wing na indústria de óleo e gás hoje?

Nós estamos em praticamente todos os mercados de óleo e gás do mundo; eu diria que olhamos para eles como mercados regionais. Atualmente, o Oriente Médio é nosso maior mercado global, seguido do Mar do Norte e, claro, da seção norte-americana no Golfo do México. Esses são os três mercados em que investimos pesado, mas é importante considerar que apoiamos a indústria de óleo e gás em mais de 110 países. Isso é alcançado com grandes polos de distribuição em Houston, Aberdeen, Stavanger e Dubai, assim como uma extensa rede de distribuidores nos representando em países onde temos negócios.

Há alguma nova tecnologia sendo desenvolvida com foco nesse setor?

Tudo o que é desenvolvido para a linha de uniformes da Red Wing é dedicado à inovação na indústria de óleo e gás. Nós somos orientados pelo desafio de trazer ao mercado novos produtos que possam fazer o trabalhador dessa área se sentir mais confortável, trabalhar mais tempo, mais rápido e ser mais bem sucedido ou produtivo no ambiente em que está.

Sob o ponto de vista da tecnologia, há uma variedade de produtos sendo desenvolvidos que estarão no mercado nos próximos anos. Para nós, a inovação é uma via de duas mãos; naturalmente, inovamos por conta própria, mas também inovamos em conjunto com a resolução de problemas para nossos principais clientes no mundo inteiro.

Como provedor de soluções, quando nossos clientes têm problemas, nós inovamos para resolvê-los. Seja essa inovação para um cliente específico ou para aplicações em toda a indústria, nós tomamos um passo de cada vez.

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