REGIÃO SUDESTE DEMANDA INVESTIMENTOS DE R$ 63,2 BILHÕES EM LOGÍSTICA NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS

Investir em infraestrutura para garantir o escoamento da produção industrial no Sudeste. Para arcar com a capacidade da cadeia produtiva ao longo dos próximos cinco anos, o Brasil precisa somar investimentos de até R$ 63,2 bilhões em obras importantes para a ampliação da malha de transportes, de acordo com um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta segunda-feira (26). No total, são 86 projetos considerados urgentes para integrar o sistema logístico dos estados na região, entre os quais estão Rio de Janeiro e Espírito Santos, responsáveis por uma grande produção de óleo e gás que deve crescer nos próximos anos com a exploração de campos do pré-sal.

Ainda há muito o que ser feito para garantir um desenvolvimento pleno e eficiente da indústria brasileira. Segundo o Projeto Sudeste Competitivo criado pela CNI, atualmente são necessários novos aportes para a conclusão de obras de transporte, dentre as quais a maior parte é constituída por ferrovias. São 32 linhas de trem com prioridade, seguidas por 31 rodovias, 22 portos e um duto.

Com a conclusão dos empreendimentos, a indústria conseguiria uma economia anual de até R$ 8,9 bilhões em seu setor produtivo. A mudança geraria uma grande redução de custos com o transporte de cargas, e levaria benefícios financeiros e logísticos a 14 áreas de produção. Hoje, no entanto, apenas 16 obras das 86 avaliadas se encontram em andamento, estando as outras 70 ainda sob fase de planejamento.

O tema será debatido com representantes do governo federal ao longo da próxima semana, de acordo com o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso (foto). Entre os investimentos prioritários já existentes estão a BR-153 Sul, a BR-050, a BR-116 e a Ferrovia ALL. Os novos projetos centrais incluem a construção da Ferrovia EF 354, da Ferrovia Grão Mogol, da Ferrovia MRS e Estrada de Ferro 118, e do Mineroduto Ferro.