SAUDI ARAMCO PLANEJA DESENVOLVER NEGÓCIOS NA PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO EM PARCERIA COM A CHINA

A gigante do petróleo mundial, a saudita Saudi Aramco, está  planejando expandir e intensificar a cooperação com a China em pesquisas em áreas como a produção de hidrogênio e amônia a partir do gás natural, de acordo com o CEO Amin Nasser. A Aramco está procurando trabalhar com a China em hidrogênio azul e amônia,combustíveis sintéticos e utilização e armazenamento de captura de carbono, disse Nasser no Fórum de Desenvolvimento da China, em Pequim. “Tudo isso é essencial para alcançar nossas ambições de baixo carbono a longo prazo.” Os sauditas  também estão avaliando possíveis investimentos em projetos chineses, apesar das restrições de gastos decorrentes de um período de preços baixos do petróleo como resultado da pandemia do coronavírus.

“Vemos oportunidades para mais investimentos em projetos integrados de downstream para ajudar a atender às necessidades da China de transporte pesado e produtos químicos, bem como lubrificantes e materiais não metálicos”, disse Nasser. As empresas petrolíferas relataram globalmente perdas ou queda nos lucros em 2020, já que a queda na demanda devido à pandemia do coronavírus levou a preços mais baixos e forçou os produtores a encerrar a produção. A Aramco, maior produtora mundial, não foi diferente, relatando no domingo uma queda de 44% no lucro e novas reduções de investimento. Mesmo assim, alguns projetos avançados ou estratégicos estão em andamento.

Internamente, a refinaria de Jazan está funcionando, disse Nasser.  A planta de processamento de petróleo bruto planejada para  400 mil barris por dia na costa sul do Mar Vermelho da Arábia Saudita,  foi definida para começar a operar com cerca de metade da capacidade após a extração de petróleo no primeiro trimestre deste ano. Nasser não forneceu atualizações sobre o cronograma ou a capacidade da refinaria  que visa aumentar o emprego nas regiões remotas e menos ricas ao longo da fronteira da Arábia Saudita com o Iêmen.