SÉRGIO MORO DECRETA PRISÃO PREVENTIVA DE ANTONIO PALOCCI
O juiz Sérgio Moro decretou a prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci (foto) e de seu assessor Branislav Kontic nesta sexta-feira (30). Moro tomou a decisão após o Ministério Público Federal (MPF) afirmar que computadores foram retirados da sede da empresa de Palocci, o que poderia indicar a ocultação de provas.
Ambos tiveram a prisão temporária decretada no início da semana, durante a 35ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Omertá”. O prazo para manter os dois na prisão terminaria nesta sexta, mas com a conversão para prisão preventiva, não há mais prazo para a libertação dos acusados. Juscelino Antônio, também ligado a Palocci e que foi preso na segunda, teve liberdade concedida.
O Banco Central bloqueou cerca de R$ 31 milhões da conta pessoal e da empresa do ex-ministro. Palocci é suspeito de receber propina da Odebrecht para atuar em favor da empresa, entre 2006 e 2013, em quatro frentes: a obtenção de contratos com a Petrobrás, a criação de medida provisória para conceder benefícios tributários à Odebrecht; negócios envolvendo o programa de desenvolvimento do submarino nuclear – PROSUB; e o financiamento do BNDES para obras a serem realizadas em Angola.
A prisão de Palocci teve suas origens ainda na 23ª fase da Lava Jato, quando foi apreendida uma planilha que revelou o repasse de valores ilícitos ao ex-ministro, que era mencionado no documento como “italiano”.
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