SETE BRASIL EXIGE NA JUSTIÇA A DEVOLUÇÃO DE R$ 30 MILHÕES EM BÔNUS DE EX-DIRETORES
A Sete Brasil está buscando ressarcimentos de seus ex-diretores para reduzir os impactos negativos que vem sofrendo o seu caixa. No total, a empresa atribui R$ 30 milhões a uma ação judicial que move atualmente contra três de seus ex-administradores: Pedro Barusco (foto), João Carlos Ferraz e Eduardo Costa Vaz Musa. O processo, que vem tramitando na Justiça do Estado do Rio, tem base nos bônus e gratificações ilícitas recebidas pelos executivos. Na ação, a Sete demonstra ter sido lesada pela administração de seus ex-diretores, que se beneficiavam em acordos com estaleiros.
A companhia busca amenizar com o processo judicial as suas perdas financeiras, que somam milhões em esquemas investigados na Operação Lava-Jato. A medida, no entanto, deve enfrentar complicações legais e pode se estender por tempo indeterminado. Mesmo não negando o recebimento de valores externos a contratos, os executivos contestam a exigência de devolução dos bônus. É o caso de Musa, que alega não ter obrigação de ressarcir a empresa porque o valor faria parte de sua remuneração prevista.
Além disso, estaria sendo questionada a competência da Justiça do Estado do Rio para analisar o caso. Tendo fechado acordos de delação premiada junto à Polícia Federal, Barusco e Musa poderiam ser julgados nesta ação pela Justiça Federal de Curitiba, que já concentra outras acusações contra os executivos. De acordo com a Sete, no entanto, a ação envolve a esfera cível e não criminal. A empresa move um processo com base em leis societárias e busca a devolução de valores que foram recebidos por seus ex-diretores sem aval dos acionistas da companhia.
Deixe seu comentário