SILVA E LUNA DEFENDE VENDA DE ATIVOS EM REFINO DA PETROBRÁS E DIZ QUE VALOR DA RLAM FICOU ACIMA DO PREVISTO

silva-e-lunaO presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna (foto), defendeu a estratégia de vender parte do parque de refino da empresa e frisou que o foco dos investimentos continuará sendo a camada pré-sal. As declarações foram dadas durante uma audiência pública virtual da Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, realizada na manhã desta sexta-feira (25).

A Petrobrás passou pelo vale da morte e teve que fazer escolhas. A empresa reuniu toda sua equipe, na época, e decidiu pagar parte de sua dívida e tentar reaver recursos que foram desviados. Conseguimos reaver R$ 6 bilhões que foram retirados da empresa de forma indevida. A empresa passou de seu momento mais crítico e está vivendo outro momento”, afirmou Silva e Luna. “A Petrobrás continua sendo uma empresa estatal e isso não vai mudar. O que está mudando apenas é uma mudança na sua seleção de frente [prioritária]”, acrescentou o presidente.

Um dos principais motivos para o convite para a audiência pública na Câmara foi a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. O ativo, como se sabe, foi vendido para o Fundo Mubalada pelo valor de US$ 1,65 bilhão. O montante negociado foi considerado baixo por instituições financeiras e também por entidades sindicais, como a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Porém, aos parlamentares, Silva e Luna afirmou que o “valor de venda da RLAM ficou acima do teto que foi previsto”.

Sobre os riscos de eventual formação de uma monopólio regional com a venda da RLAM, Silva e Luna diz que essa chance não existe porque o Fundo Mubadala está proibido de comprar outras refinarias próximas, como a Refinaria Gabriel Passos (Regap) ou a Refinaria Abreu e Lima (Rnest). “Caso o Mubadala aumente os preços na RLAM, seguramente, haverá competição via importação do Golfo do México, doméstica via cabotagem, ou frete rodoviário”, acrescentou.

Ele também frisou que o foco de investimentos da Petrobrás para os próximos anos será mesmo a exploração em águas profundas no pré-sal e em novas fronteiras exploratórias. A companhia irá aplicar cerca de R$ 300 bilhões em recursos até 2025, sendo que 85% desse valor será para desenvolvimento da produção no offshore brasileiro. A petroleira também pretende destinar R$ 5 bilhões em investimentos para a Margem Equatorial e outros R$ 10 bilhões no desenvolvimento da produção em Sergipe Águas Profundas.

A participação de Silva e Luna na audiência está na íntegra no vídeo abaixo:

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E os esquerdopatas vão à loucura!