SINDICATO DOS PETROLEIROS VAI ENTRAR NA JUSTIÇA CONTRA A PETROBRÁS PELOS DESVIOS NO PETROS, O FUNDO DE PENSÃO

sede petrobrasA chapa esquentou no caso Petros. O Sindipetro-LP irá ingressar em uma Ação Civil Pública pedindo indenização por dano moral à Petrobrás, por eventuais fraudes que ocorreram em investimentos do Plano Petros e que causaram parte significativa do déficit do fundo de previdência dos petroleiro. Os sindicalistas dizem que os maus investimentos resultaram em taxa extra paga pelos beneficiários ao Plano de Equacionamento do Déficit (PED) 2018, causando grandes prejuízos aos participantes. A ação por dano moral não envolverá a Petros, apenas a Petrobrás por ser a patrocinadora do fundo, que seria responsável pela fiscalização, e por indicar os investimentos que a instituição deve  fazer. O jurídico do sindicato explicou, em reunião por vídeo conferência aberta ao público e com poucos presentes na sede em Santos, os argumentos que utilizou para defesa do pedido. O benefício da ação abrangerá sócios e não sócios do Sindipetro-LP.

Há um parecer da Ernest & Young, empresa de consultoria, contratada pela Petros por indicação da Petrobrás, que apurou possíveis irregularidades em 70 investimentos pequenos, que não estavam em conformidade com o que a lei determina. Também, recentemente a Petros noticiou que concluiu três inquéritos internos e que ingressou demandas judiciais, visando a recuperação de valores para o plano e também ingressou em algumas ações como assistente do Ministério Público, visando recuperar recursos.

Em um comunicado, o Sindipetro-LP declarou: “A partir do momento que a Petrobrás não fiscalizou adequadamente a gestão da Petros, ao contrário, vários indicativos de investimentos acabaram resultando em fraudes, a empresa deve ser responsabilizada pelos prejuízos causados aos participantes. Apenas para demonstrar um exemplo de responsabilidade da empresa, a Torre Pituba, que a Petrobrás se comprometeu a alugar e pressionou a Petros a investir no local, hoje é alvo de investigação por apresentar muita fraude. A previsão de gasto com a obra era de R$ 300 milhões, mas foram gastos R$ 1.300 bilhões para conclusão do prédio. Assim, chamamos a responsabilidade da patrocinadora por sua omissão na fiscalização, prevista em lei.”

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