TOTALENERGIES, EQUINOR E REPSOL REGISTRAM LUCROS NO TERCEIRO TRIMESTRE, ENQUANTO SHELL REPORTA PREJUÍZO LÍQUIDO

Começou a temporada de divulgação de resultados financeiros das grandes petroleiras internacionais. Três das principais operadoras estrangeiras – a francesa TotalEnergies, a norueguesa Equinor e a espanhola Repsol – terminaram o terceiro trimestre com lucro. Já a Shell fechou o intervalo com seu balanço registrando prejuízo líquido.

No caso da TotalEnergies, a petroleira anunciou um lucro líquido de 4,6 bilhões de euros no terceiro trimestre. O resultado é 23 vezes maior em comparação com o montante apurado em igual intervalo de 2020. As vendas da empresa francesa totalizaram 54,7 bilhões de euros entre julho e setembro, um crescimento de 65,1% em comparação com o mesmo período de um ano antes.

Enquanto isso, a Equinor registrou lucro líquido de US$ 1,409 bilhão no trimestre, deixando para trás um prejuízo de US$ 2,124 bilhões anunciado em igual período do ano anterior. A companhia disse que o resultado espelha os preços mais altos de commodities e um sólido desempenho operacional. “A economia global está em recuperação, mas ainda estamos preparados para a volatilidade relacionada ao impacto da pandemia”, comentou o CEO da Equinor, Anders Opedal.

A Repsol, por sua vez, apurou um lucro líquido trimestral de 704 milhões de euros, em comparação com um prejuízo de 94 milhões de euros no mesmo período de 2020. Assim como a Equinor, a companhia espanhola também destacou os impactos positivos a partir da tendência de alta dos preços do barril. A empresa afirmou que todos os segmentos de negócio tiveram um bom desempenho, em particular a exploração e produção devido à ascensão dos preços das commodities.

Já a Shell veio ao mercado anunciar que registrou um prejuízo líquido de US$ 447 milhões no terceiro trimestre, revertendo o lucro de US$ 489 milhões aferido no mesmo período de 2020. De acordo com a petroleira, as perdas incluem despesas não monetárias de US$ 5,2 bilhões, por conta da contabilização de derivativos de commodities e encargos pós-impostos de US$ 300 milhões, que foram compensados em parte pelo ganho líquido na venda de ativos de US$ 300 milhões e preços mais altos de petróleo e gás.

A petroleira anglo-holandesa afirmou ainda que em uma base ajustada, deixando de lado itens não recorrentes, o resultado no trimestre totalizou um lucro de US$ 4,13 bilhões, uma queda de 25% na comparação anual. A companhia informou também que o furacão Ida, que causou estragos em infraestruturas da Shell no Golfo do México, impactou as operações em cerca de US$ 400 milhões nos lucros ajustados.