VALE FECHA 2015 COM PREJUÍZO DE R$ 44,2 BILHÕES

Luciano Siani PiresAs commodities vêm sendo negociadas a preços baixos em todo o mundo, levando de grandes companhias até pequenas empresas registrarem perdas. O último balanço divulgado pela Vale mostra que nem players gigantes escapam dessa máxima. No último ano, a companhia registrou prejuízo de R$ 44,2 bilhões, bem diferente do lucro de R$ 954 milhões de 2014. O quarto trimestre do último ano teve grande peso sobre as receitas obtidas, já que nos meses de outubro, novembro e dezembro a Vale teve perdas de R$ 33,156 bilhões.

As razões dadas pela companhia para os números no vermelho foram os maiores “impairments” no ano passado – instrumento que adequa o ágio pago nas aquisições no exterior à realidade atual do mercado – e à depreciação de 47% do real contra o dólar. O caso da barragem rompida na cidade de Mariana não teve influência sobre os resultados. Em nota, a Vale afirmou que as perdas de produção no local foram compensadas por outras minas.

Os investimentos no último ano também foram mais comedidos que em 2014, com um total de US$ 8,4 bilhões gastos, frente a US$ 12 bilhões no ano anterior. O recuo também foi sentido na execução de projetos, que passaram a ser de US$ 5,5 bilhões em 2015, enquanto 2014 registrou mais de US$ 7,9 bilhões em custos. A receita bruta da mineradora também teve recuo, ficando em  US$ 26,047 bilhões, queda de S$ 12,189 bilhões em comparação com 2014.

Dois aumentos foram registrados pela companhia, um positivo e outro negativo.  O lado bom foi o aumento do volume de vendas, que foi responsável por compensar parcialmente a queda nos preços de minério de ferro, pelotas, níquel e outros.  O aumento da dívida bruta da companhia fecha os números ruins, que agora somam US$ 28,853 bilhões, bastante próximo aos US$ 28,675 bilhões aferidos ao final de setembro de 2015.

Para este ano, o planejamento da Vale é buscar investir pontualmente em projetos com maior rentabilidade e retorno para a companhia. “Concluiremos o maior investimento da nossa história: o projeto S11D, que começa a operar no segundo semestre deste ano e promete levar a nossa companhia a um novo patamar de competitividade, geração de caixa e retorno para os nossos acionistas”, afirmou o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani Pires (foto).

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