VOLKSWAGEN NÃO ACREDITA EM CARROS ELÉTRICOS NO BRASIL NOS PRÓXIMOS ANOS E OPTA PRODUZIR OS MOVIDOS A BIOCOMBUSTÍVEL NA AMÉRICA LATINA

pabloO Grupo Volkswagen anunciou hoje (12) em São Bernardo do Campo, onde fica a sua sede no Brasil, que vai intensificar as pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias baseadas em biocombustíveis e que aprovou a estratégia para que a região da América Latina crie e lidere um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento no país, voltado para o estudo de soluções tecnológicas baseadas em etanol e outros biocombustíveis para mercados emergentes, que utilizam energia limpa, para a combustão e soluções híbridas. Com isso, a empresa busca minimizar as mudanças nas plataformas atuais e foca na produção neutra de CO2. Com o apoio da marca Volkswagen, este centro será totalmente independente no desenvolvimento de tais tecnologias para o Grupo Volkswagen em nível global.

“Sediar aqui no Brasil o novo Centro de P&D para etanol e outros biocombustíveisbio nos coloca em evidência no mundo Volkswagen”, disse o presidente e CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si. Poder liderar, desenvolver e exportar soluções tecnológicas a partir do uso da energia limpa dos biocombustíveis se caracteriza como uma estratégia complementar às motorizações elétrica, híbrida e à combustão a mercados emergentes é um reconhecimento enorme para a operação na América Latina. Vamos atuar em parceria com Governo, universidades e a agroindústria para que possamos trabalhar com o que há de melhor para o futuro da mobilidade”, completou.

A Volkswagen foi a primeira fabricante de automóveis a aderir ao Acordo de Paris e pretende se tornar neutra em termos climáticos até 2050. Em seu comunicado, a empresa declarou: “O Grupo Volkswagen planeja eliminar gradualmente a produção de veículos a combustão na Europa entre 2033 e 2035. Nos EUA e na China, isso deve acontecer um pouco mais tarde. Em mercados emergentes como o Brasil, pode demorar ainda mais para se tornarem completamente elétrico. Alguns fatores carro eletricoimpossibilitam mudanças mais rápidas: indisponibilidade de infraestrutura de carregamento, energia renovável e o nível de renda local. É por isso que é necessário explorar opções alternativas aproveitando os recursos locais que já estão disponíveis hoje. O uso de biocombustíveis é uma estratégia complementar para ajudar a indústria em mercados emergentes a neutralizar as emissões de carbono. No Brasil, vários argumentos indicam o uso, por exemplo, do etanol.

Segundo estudo publicado pelo World Wildlife Fund (WWF) Brasil até 2030, os biocombustíveis podem suprir 72% da demanda brasileira de combustível apenas pela otimização das pastagens degradadas atualmente sem competir com a terra necessária para a produção de alimentos. E já hoje, várias pesquisas estão em andamento para garantir que essa abordagem permaneça sustentável. Atualmente, apenas 1,2% do território brasileiro é utilizado para o cultivo de cana-de-açúcar, com 0,8% para produção de etanol (cana e milho). Quase 92% da produção de cana-de-açúcar é colhida no Centro-Sul do Brasil, e os 8% restantes são cultivados na região Nordeste. Isso significa que as áreas cultivadas para a produção de cana-de-açúcar estão localizadas a quase dois mil quilômetros da Amazônia.

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Carro elétrico só vai funcionar pra quem é rico, esta opção ainda não é sustentável para a classe média-baixa.
https://jalopnik.com/ev-credits-mostly-go-towards-rich-people-who-would-buy-1835233701
https://www.mackinac.org/taxing-the-poor-to-pay-for-your-electric-car
Pior, esses incentivos dos governos são fundos que vem do bolso do povo trabalhador e pagador de impostos. No fim, é a classe média-baixa que está pagando o incentivo pro rico comprar carro elétrico.