WOODSIDE ABANDONA PROJETO PARA PRODUÇÃO DE GNL NA AUSTRÁLIA

browse flngEm tempos de baixo preço do barril, cada vez mais projetos vão para a gaveta na indústria global. Nesta semana, a bola da vez foi o projeto de produção flutuante de GNL no campo de Browse, na Austrália, que vinha sendo operado por um consórcio liderado pela Woodside Petroleum e foi declarado comercialmente inviável devido à crise do setor, com baixa expectativa de retorno financeiro frente à cotação que hoje flutua em torno de US$ 40. Localizado na costa noroeste do país, o empreendimento somou investimentos em um total de US$ 40 bilhões desde que foi iniciado.

O cancelamento foi anunciado nesta terça-feira pelo CEO da Woodside, Peter Coleman. Em nota, a companhia afirma que o abandono sem prazo definido teve como causa um “ambiente externo extremamente desafiador”, apesar dos esforços promovidos para redução de custos no projeto. Além da empresa, atuam no campo as petroleiras Shell, BP, Japan Australia LNG (joint-venture formada entre Mitsubishi e Mitsui) e BHP Billiton.

Com a medida, o consórcio deve iniciar uma busca por novas tecnologias que otimizem a exploração do projeto, que não deve se tornar viável até que o preço do barril esteja acima da faixa dos US$ 50. A medida pode postergar por anos o desenvolvimento da área, que detém uma das reservas mais promissoras para produção de gás na região. O campo tem potencial para a extração de um volume de 15,9 trilhões de pés cúbicos de gás seco e 436 milhões de barris de gás condensado.

Sem o projeto em seu portfólio a curto prazo, a Woodside Petroleum avalia agora a compra de novos ativos de produção, com foco nas oportunidades de baixo preço em meio à abundância de projetos à disposição no mercado. Segundo Coleman, as aquisições deverão ser centradas em investimentos que garantam rápido retorno financeiro aos acionistas da empresa.

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