JUSTIÇA FEDERAL IMPEDE TRANSFERÊNCIA DE REJEITOS RADIOATIVOS DAS USINAS NUCLEARES DE ANGRA
Enquanto houver pessoas para atrapalhar, dificilmente o Brasil vai pra frente. O boicote ao desenvlvimento parece ser uma ideia permanente. Atendendo a um pedido sem pé nem cabeça do ponto de vista técnico do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal decidiu proibir a transferência dos rejeitos radioativos das usinas de Angra 1 e Angra 2 para a futura Unidade de Armazenamento a Seco (UAS). O empreendimento é visto como fundamental para a continuidade da operação das usinas, tendo em vista que os locais provisórios usados para depósito dos rejeitos estão próximos de sua capacidade máxima. Esse é um sistema usado globalmente, com o aval da Agência Internacional de Energia Atômica, o maior fiscalizador do mundo, mas que não passou pelo crivo do procurador Igor Miranda, do Ministério Público Prasileiro. Pelo jeito, um profundo conhecedor do assunto. Aparentemente, diante dos seus conhecimentos, os profissionais que criaram o sistema difundido internacionalmente com o sinal verdade da AIEA, não pegam nem juvenil perto dele.
Para lembrar, a UAS está sendo construída para substituir as piscinas que estão atualmente guardando os rejeitos nucleares das duas usinas de Angra dos Reis. Contudo, a capacidade máxima da piscina de Angra 1 será alcançada em junho de 2022, enquanto que a de Angra 2 está prevista para agosto de 2021.
Na alegação feita pelo MPF, o licenciamento ambiental não teria sido adequado, pois também não teria sido feito um estudo de impacto ambiental ou audiências públicas (?) para debater a construção da UAS. Quem conduz as obras da UAS é a americana Holtec, que tem larga experiência internacional neste tipo de obra, e que também fará a operação de transferência dos elementos combustíveis.
A Eletronuclear já vinha reagindo contra os argumentados apresentado pelo MPF contra a construção da unidade de armazenamento a seco. Conforme publicamos recentemente, a empresa reiterou “que está em conformidade com todas as condicionantes das licenças de implementação do UAS (Ibama, CNEN, INEA e Prefeitura de Angra dos Reis)”. A empresa também lembrou que a tecnologia usada na UAS é amplamente utilizada em outros países, especialmente nos Estados Unidos que contam com mais de 90 instalações do tipo.
Brasil sendo Brasil