A DIPLOMATA CLAUDIA VIEIRA SANTOS SERÁ A REPRESENTANTE DO BRASIL NA AGÊNCIA DE ENERGIA ATÔMICA EM VIENA

claudiaPara quem estranhou a indicação da  diplomata Claudia Vieira Santos para chefiar a representação do Brasil junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), por ela não ter qualquer experiência real na área nuclear, pode ficar descansado. Normalmente essa indicação é feita apenas para diplomatas de carreira e não precisa ser um especialista no assunto. O nome dela foi aprovado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), para chefiar a representação do Brasil na agência, que fica em Viena, na Áustria. Sua indicação, segue agora para análise do Plenário do Senado. Formada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a diplomata tem mestrado em Relações Internacionais e Comunicação pela Boston University, em Massachussetts (EUA), tendo entrado para o Instituto Rio Branco, do Itamaraty, em 1994. Serviu ao Brasil em Moscou, Roma, Tóquio, Paris e Nova Delhi. Entre 2013 e 2015, trabalhou no gabinete do ministro das Relações Exteriores. Desde 2022, é ministra de primeira classe e, atualmente, é diretora do Departamento de Energia do Itamaraty.

A indicação ganha relevância visto que o Governo já anunciou a retomada do Programa Nuclear Brasileiro (PNB). Na sabatina, Claudia  destacou o aprofundamento da percepção mundial sobre o papel que a energia nuclear poderá vir a desempenhar no futuro, tanto para a garantia da segurança energética dos países, como também no cumprimento de metas visando à descarbonização das economias. Segundo ela, a energia nuclear pode constituir alternativa ambientalmente vantajosa ao uso de combustíveis fósseis. Ela  chamou atenção para vantagens do Brasil em relação ao uso de energia nuclear, pois, além de o país dominar a tecnologia de enriquecimento de urânio e deter importantes reservas do mineral, a extensão e heterogeneidade de seu território torna a fonte nuclear alternativa estratégica para garantir a segurança energética, sobretudo em áreas remotas. “Na implementação e consolidação das vertentes do programa nuclear relativas à energia nuclear, o Brasil só tem a ganhar no aprofundamento de sua parceria nesse campo com a AIEA, que reúne conhecimento e experiência sem paralelo na área”.

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