ACORDO CLIMÁTICO DE PARIS ENTRARÁ EM VIGOR EM NOVEMBRO E ENERGIA NUCLEAR SERÁ CRUCIAL PARA CUMPRIR METAS

Agneta RisingA ONU confirmou que o histórico Acordo Climático de Paris entrará em vigor no dia 4 de novembro, dando início a uma jornada onde todos os países signatários terão de imprimir muitos esforços para atingir a meta central: manter o aumento da temperatura global neste século bem abaixo dos 2°C.

Uma das principais medidas que deverão ser adotadas pelos governos está relacionada à questão energética, com a maior participação de fontes limpas e seguras, como é o caso da nuclear. “A ratificação do Acordo de Paris compromete os governos a fazer reduções significativas das emissões de gases de efeito estufa para limitar os efeitos das alterações climáticas”, declarou a diretora-geral da World Nuclear Association (WNA), Agneta Rising. “Isso só pode acontecer se usarmos todas as fontes de eletricidade de baixo carbono, incluindo a energia nuclear,” acrescentou.

Até o início desta semana, 62 países já haviam ratificado o acordo. Juntos, eles representavam 51,89% do total das emissões globais de gases de efeito estufa. Mas para entrar em vigor, era necessário que esse percentual ultrapassasse a casa dos 55%. E na última terça-feira (4), o Parlamento da União Europeia ratificou o acordo, fazendo assim com essa meta fosse alcançada. Com isso, o acordo poderá entrar em vigor.

De acordo com um relatório da WNA, será necessário acrescentar um total de 1.000 GW de energia nuclear na capacidade global instalada e, dessa forma, a fonte chegaria ao patamar de 25% na matriz energética mundial, o que, segundo o estudo, seria fundamental para o cumprimento das metas do Acordo de Paris. O relatório ainda aponta que a taxa de construção de novas unidades nucleares ainda é insuficiente para atender às metas de redução de gases do efeito estufa.

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