AÇOTUBO ABRE NOVA DIVISÃO DE NEGÓCIOS E PRETENDE INVESTIR R$ 40 MILHÕES ATÉ 2013

A Açotubo anunciou recentemente uma nova Divisão de Conexões, voltada para atender principalmente ao setor de óleo e gás, com mais de R$ 15 milhões em investimentos previstos para a nova estrutura. A iniciativa também pretende atender ao varejo, mas a empresa afirma que a entrada massiva de materiais importados de países asiáticos tem dificultado o trabalho. O Gerente Nacional de Marketing da Açotubo, Fernando Del Roy, contou, em entrevista ao repórter Daniel Fraiha, que esperam uma atuação mais forte do governo para coibir essa invasão de produtos de fora, mas ainda assim estão com planos ambiciosos para expandir as atividades no país. De acordo com Del Roy, a empresa tem um plano de investimentos da ordem de R$ 40 milhões para o biênio 2012/2013, isso somente utilizando recursos próprios.

Como será a estrutura da nova divisão de conexões?

A Divisão de Conexões está estruturada com mais de mil itens em estoque, divididos em duas linhas: conexões tubulares e flanges em aço carbono. Dessa forma, o cliente poderá encontrar uma grande variedade de produtos em um só local, além de contar com uma equipe de profissionais altamente qualificados para o atendimento.

Quanto será investido nela e qual será seu foco?

A Divisão conta com um investimento superior a R$ 15 milhões, com o objetivo de atender desde o varejo até obras qualificadas para petróleo e gás, além de estar em sinergia com a expansão da linha de tubos carbono da companhia.

O aumento da participação da área de Exploração e Produção nos investimentos da Petrobrás foi uma notícia positiva para a Açotubo?

Sem dúvida o aumento da exploração e produção de petróleo é uma excelente notícia para o Grupo Açotubo, pois temos oportunidade de vender vários produtos que a empresa mantém em estoque regular (tubos, conexões, aço, tubos de inox etc). Como a empresa está muito bem estruturada na área de projetos, sem dúvida os próximos anos serão muito prósperos se eles saírem do papel.

A empresa tem tido problemas para competir com importados estrangeiros? Chineses em especial?

Estamos enfrentando muitas dificuldades com os produtos asiáticos que inundaram o mercado brasileiro, pois a empresa só trabalha com os fabricantes nacionais (V&M e Tenaris), o que tirou muito da nossa competitividade junto a clientes que começaram a aceitar estes materiais. Acreditamos que o mercado deverá sofrer algumas mudanças nos próximos meses, pois o governo vem pressionando com o conteúdo nacional e as barreiras alfandegárias, visando proteger o mercado interno.

O que acharam do Plano de Negócios da Petrobrás?

Sem dúvida ele é o plano mais importante do país, uma vez que movimenta muitos segmentos da economia.

Quais são os segmentos (refino, transporte, exploração, produção etc) do setor de óleo e gás que mais demandam os produtos da empresa?

Os setores que mais demandam nossos produtos são as áreas de refino e produção.

Como a empresa vê o mercado de óleo e gás em 2012?

O mercado no primeiro semestre vinha muito bem, mas depois da revisão dos contratos com os epecistas o mercado ficou muito mais difícil. Acreditamos que ele deverá retomar nos próximos meses e voltar a patamares de meses anteriores.

Quais são as regiões do país que têm sido mais presentes nos fornecimentos da empresa? Em função de quais projetos?

A Região Nordeste, em função da Renest, e a Sudeste, com foco em São Paulo e Rio de Janeiro, destacando o Comperj.

Qual a participação do setor de óleo e gás no faturamento da empresa?

Aproximadamente 25% do faturamento do grupo.

Quais são os planos da companhia para os próximos anos?

A companhia vem com um plano de investimento muito forte para o biênio 2012/2013, com investimentos na casa de R$ 40 milhões. Tudo com recursos próprios. 

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