AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA APOSTA EM PROJETOS NUCLEARES PARA A RETOMADA DOS NEGÓCIOS PÓS PANDEMIA
O Brasil está no caminho da visão do diretor geral da Associação Nuclear Mundial, Fatih Birol. Ele defende investir em energia nuclear para sair da crise da Pandemia. O próprio Presidente da Eletrobrás, Wilson Júnior, ao anunciar um resultado positivo da companhia, disse que as obras d Angra 3 devem ser retomadas anda este ano. Birol acredita que Investir em energia nuclear como parte da recuperação pós-vírus ajudaria a estimular a economia e facilitar o caminho para a neutralidade do carbono. Ele falou em uma redonda ministerial sobre Mobilização de Investimentos para Sistemas de Energia Seguros e Sustentáveis, relizada pela agência e pelo governo do Reino Unido.
O evento também teve a participação de Kwasi Kwarteng(foto a direita), Ministro de Negócios, Energia e Crescimento Limpo do Reino Unido, que examinou os impactos de curto e longo prazo da pandemia no setor elétrico e quais crise significa desenvolver oportunidades e riscos para os investimentos no setor de energia. Comentando os muitos discursos ouvidos durante a mesa redonda ministerial, Agneta Rising, diretora geral da Associação Nuclear Mundial, disse que: “A indústria nuclear global está pronta para fazer sua parte para garantir que saímos dessa pandemia mais forte, mais limpa e mais resiliente do que A energia nuclear pode desempenhar um papel fundamental na recuperação pós-COVID, impulsionando o crescimento econômico, criando empregos e apoiando o desenvolvimento de uma infraestrutura de eletricidade resiliente e econômica, com baixo carbono. “
Há uma janela de oportunidade, disse ela, para os governos apoiarem os muitos novos projetos de construção nuclear já planejados. “A energia nuclear deve ser incluída na jornada rumo à neutralidade do carbono. Caso contrário, haverá ameaças à segurança do suprimento e a transição para um futuro de baixo carbono será consideravelmente mais cara. O sistema elétrico do futuro deve levar em consideração conta todos os custos e benefícios de diferentes formas de geração.”(foto a esquerda)
Falando na reunião, Jean-Bernard Lévy, CEO da EDF, destacou a potencial contribuição da nova energia nuclear. Cada gigawatt de capacidade nuclear evita duas a quatro vezes mais emissões do que as capacidades equivalentes de outras tecnologias de eletricidade, o que é graças à sua confiabilidade e aos fatores de alta capacidade, observou ele. Um novo projeto nuclear também é bom para o emprego, disse ele, com a construção de um EPR criando cerca de 4600 empregos qualificados. Isso impulsionaria a economia, principalmente para as indústrias locais.
Em um comunicado conjunto, Birol e Kwarteng disseram que os participantes da reunião expressaram preocupação com a descoberta do relatório da AIE de que os gastos de capital no setor de energia devem cair em 2020. Investimentos globais em geração de baixo carbono, redes, flexibilidade e armazenamento estão “fora de sintonia” com as necessidades de sistemas de energia sustentáveis. As transições de energia limpa serão um foco principal, disseram eles, na preparação para a próxima rodada de negociações climáticas da ONU – COP26 – “e além“. O Reino Unido é o anfitrião da COP26, que por causa da pandemia será realizada um ano depois do previsto, em novembro de 2021.
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