ALSTOM LANÇA SEU PRIMEIRO CENTRO GLOBAL DE TECNOLOGIA NA AMÉRICA LATINA

A cidade de Taubaté, em São Paulo, já pode comemorar com o novo lançamento da Alstom. A empresa lança seu primeiro Centro de Tecnologia na América Latina, projetado para atuar no setor hidrelétrico na região. O Centro irá trabalhar com a produção de conhecimento, tecnologia e soluções. Com investimentos de mais de 6 milhões de euros, o programa inclui a montagem de uma plataforma de testes para model
os de turbinas e o desenvolvimento de tecnologia inovadora. Depois de implementado, o centro contará com 100% de profissionais brasileiros e financiará programas de mestrado e doutorado relacionados ao mercado hidrelétrico. O vice-presidente da Alstom na América Latina, Marcos Costa, conversou com o repórter Estephano Sant’Anna sobre as perspectivas do projeto.

O que o novo Centro Global de Tecnologia representa para a Alstom?

Este é o primeiro centro de tecnologia da Alstom na América Latina e representa um marco muito importante na nossa atuação no setor hidrelétrico na região. Além de fabricarmos equipamentos, agora faremos o desenvolvimento de novas soluções para esses produtos, colocando o Brasil como foco de exportação de conhecimento e experiências.

Qual o investimento orçado para o projeto?

A plataforma de testes do centro terá investimento de 6 milhões de euros, mas o empreendimento está muito além desse valor. O trabalho será feito em conjunto com a fábrica de Taubaté, que hoje é uma dos maiores do segmento hidrelétrico, também utilizando-se da estrutura e dos investimentos feitos ali. Além disso, estamos investindo nos profissionais que trabalharão nesse centro, que são a nossa grande força de crescimento.

Qual será a funcionalidade do projeto e como poderá contribuir para a cidade de Taubaté?

Contará com uma plataforma de testes para modelos de turbinas dentro do estado da arte e que está prevista para ser inaugurada em meados de 2013. Esse centro estará apto para contribuir com o desenvolvimento de soluções tecnológicas para projetos em todo o mundo e, em particular, para América Latina, atendendo as necessidades específicas do mercado regional. Será uma grande contribuição para Taubaté e para o Brasil, pois representa o investimento em exportação de conhecimento e a marca de nosso País no cenário mundial de inovação.

Qual ligação que o Centro tem com as usinas Kaplan?

O centro terá um foco especial em usinas Kaplan. O Brasil é responsável por 45% do mercado global futuro das turbinas Kaplan e, junto aos países asiáticos, compõe 80% do segmento. Esse tipo de turbina é ideal para projetos hidrelétricos de baixas quedas (até 55 metros) e é capaz de se adaptar ao fluxo de água no rio, o que gera produção o ano todo, tanto em períodos de fortes chuvas quanto em épocas de baixa capacidade. Ela também colabora para preservar o meio ambiente, porque pode ser usada em reservatórios com pequenas áreas inundadas. As turbinas Kaplan também são as melhores soluções para usinas a fio d’agua, juntamente com as turbinas Bulbo, dependendo das condições especificas de cada empreendimento.

Quais as parcerias que levaram ao desenvolvimento do projeto?

Além do mercado potencial já mencionado, foi identificada também a experiência dos profissionais brasileiros no mercado hidrelétrico da América Latina e os resultados atingidos por esse grupo. Desta forma, a Alstom investiu na região para mais um importante passo em sua história.

Como esse projeto contribui para as universidades brasileiras?

Além de desenvolvimento de projetos, o centro terá importantes parcerias com universidades brasileiras. A empresa também anunciou as primeiras parcerias com a Unifei (Universidade Federal de Itajubá) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) para futuro financiamento de programas de mestrado e doutorado relacionados ao mercado hidrelétrico. A Alstom, junto a outras importantes empresas, também é fundadora do Centro de Excelência da Universidade Federal do Acre, e contribuirá com a formação de especialistas na região Norte.

Qual o percentual de profissionais brasileiros trabalhando no projeto?

Especialistas em Pesquisa e Desenvolvimento da França trabalharão com os brasileiros nos primeiros anos de implementação. Após esse período de transição, nossa perspectiva é que esse centro tenha apenas profissionais brasileiros, promovendo o conhecimento nacional e investindo no crescimento local. O centro será comandado por um brasileiro.

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