DETALHES DO INCIDENTE DA P-70 REVELAM MOMENTOS DE TENSÃO VIVIDOS PELA EQUIPE ENVOLVIDA NO RESGATE DO NAVIO

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Foto desta manhã mostra a P70 já fundeada, após o susto na última noite

Poucas horas depois do incidente com o navio-plataforma P-70, que ficou à deriva na Baía de Guanabara e chegou à costa de Niterói (RJ), a Petrobrás informou no início desta tarde (31) que, pelo menos até o momento, “não há registro de avarias à unidade”. A embarcação, conforme noticiamos no final da noite de ontem (30), já foi fundeada novamente e agora aguarda as devidas autorizações para seguir para seu destino final, o campo de Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos. O Petronotícias apurou com fontes de mercado alguns detalhes da cadeia de fatos que levaram ao acidente e que ajudam a traçar os momentos de tensão vividos pela equipe envolvida no ocorrido.

A P-70 estava sendo fundeada na baía por seis navios rebocadores da Starnav e da Wilson Sons, que seriam responsáveis por fixar a embarcação por meio de quatro linhas de ancoragem. Contudo, a força dos ventos provocados pela tempestade que atingiu o Rio na noite de ontem acabou arrastando a plataforma, rompendo os cabos da popa da embarcação. Isso aconteceu quando só faltava apenas a última linha de ancoragem ser fixada.

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Starnav Sirius sofreu danos enquanto tentava impedir a P-70 de bater nas pedras

O Rebocador Starnav Siruis, que participava da operação, tentou impedir que a P-70 fosse parar nas pedras e acabou sofrendo danos. O navio-plataforma foi movido para uma área mais próxima à praia da Boa Viagem, em Niterói. Após a comunicação do ocorrido, um grupo de 8 navios se deslocou rumo à P-70 para restabelecer a localização e ancoragem da plataforma.

Ainda segundo fonte ouvida pelo Petronotícias, o rebocador Siruis ficou muito avariado, mas conseguiu manter a flutação, apesar de quase ter afundado. Avaliações iniciais dão conta que a P-70 não chegou a bater nas pedras.  Todos esses acontecimentos aconteceram muito rápido, em um intervalo de cerca de 20 minutos.

A Petrobrás disse que vai instaurar uma comissão de investigação para apurar as causas da ocorrência, que felizmente terminou sem vítimas. Leia abaixo a nota completa da estatal:

“A Petrobras já reconduziu a P-70 à área onde ficará fundeada na Baía de Guanabara para aguardar as devidas autorizações antes de seguir para o campo de Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos. Devido ao temporal que atingiu a região metropolitana do Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira (30/01) houve deslocamento da plataforma para próximo da costa, durante o processo de ancoragem da unidade.

WhatsApp Image 2020-01-30 at 23.03.46A plataforma estava sendo fundeada na baía por rebocadores responsáveis por fixar a embarcação por meio de quatro linhas de ancoragem. Quando a última linha estava em processo de conexão, duas foram rompidas devido à força dos ventos e a plataforma foi movida para uma área mais próxima à praia da Boa Viagem, em Niterói.

A P-70 se encontra estabilizada. Não houve vítimas ou danos ao meio ambiente, e até o momento não há registro de avarias à plataforma.

A companhia vai instaurar uma comissão de investigação para apurar as causas da ocorrência. Uma vez identificadas as causas, a companhia tomará as medidas adequadas para evitar que incidentes desse tipo venham a ocorrer. O respeito às pessoas e ao meio ambiente e à segurança das operações constituem um dos cinco pilares estratégicos da Petrobras, que têm sido rigorosamente executados”.

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