BRASIL E ARGENTINA SE APROXIMAM NO SETOR DE GÁS NATURAL APÓS NOVO ACORDO ENTRE PETROBRÁS E ENARSA

IMG_0419O Brasil e a Argentina estão estreitando laços no setor de gás natural. A Petrobrás anunciou hoje (18) que assinou um Memorando de Entendimentos (MoU) com a empresa estatal argentina de energia Enarsa. O acordo, com duração de três anos, prevê estudos de parcerias no segmento de gás natural e possibilitará o intercâmbio de informações.

Segundo a Petrobrás, as duas empresas vão avaliar alternativas para cooperação e complementariedade energética entre as duas companhias. “O memorando prevê também a coordenação de ações para maior garantia de fornecimento de gás natural para a Argentina durante o inverno, período de maior demanda naquele país, sem qualquer impacto para o abastecimento de gás no Brasil nem custo financeiro adicional para a Petrobrás”, disse a petroleira brasileira.

A Enarsa nasceu em 2004 e atua principalmente nos segmentos de petróleo, gás natural e eletricidade. A companhia declarou que o novo memorando vai resolver o abastecimento de gás do Noroeste Argentino, enquanto as obras recentemente licitadas de reversão do Gasoduto Norte são concluídas. Na ocasião da assinatura, o presidente da Enarsa, Juan Carlos Doncel Jones, destacou a importância desse acordo na conjuntura enfrentada pelo abastecimento de gás na região do Noroeste Argentino. As obras para a reversão do Gasoduto Norte devem ser concluídas até o final do inverno deste ano, o que permitirá a entrega de gás de Vaca Muerta ao Noroeste Argentino.

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo Lula deve importar gás natural da Argentina. As negociações entre dos dois países estão em curso e incluem também Bolívia e Paraguai. Existem duas alternativas sobre a mesa: trazer o gás argentino por meio do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) ou criar uma rota pelo Paraguai com destino a Mato Grosso do Sul.

Nesta semana, o vice-presidente Geraldo Alckmin também declarou que o Brasil precisa concentrar esforços para negociar a compra do gás argentino produzido no gigantesco campo de Vaca Muerta. Atualmente, o Brasil importa gás da Bolívia por meio do Gasbol. No entanto, a produção do país vizinho mostra sinais de esgotamento. Atualmente, o Gasbol opera com 46% de sua capacidade e a tendência é que a quantidade de gás boliviano que chega ao Brasil caia nos próximos anos.

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