BRASIL DETALHA LEILÕES DO PRÉ-SAL E DO PÓS-SAL EM HOUSTON

Marcio Felix OTC tarjaHOUSTON – O Brasil ganhou destaque na abertura da Offshore Technology Conference (OTC) e os leilões do pré-sal ganharam mais cores junto aos olhos dos investidores internacionais. O secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia brasileiro, Márcio Félix (foto), apresentou os planos nacionais até 2019 e anunciou as datas dos leilões de blocos exploratórios até lá, enquanto que o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, deu mais detalhes sobre as rodadas e deu estimativas que elevam a mais de 10 bilhões de barris de óleo recuperável* a soma de todas as áreas a serem ofertadas.

De acordo com o secretário do governo, a 14ª rodada de concessões ficará para setembro deste ano, junto com o segundo leilão do pré-sal, de partilha, em que serão ofertadas as áreas unitizáveis (que possuem reservatórios compartilhados com blocos já em atividade): Gato do Mato, Carcará, Sapinhoá e Tartaruga Verde. A 4ª rodada de áreas marginais acontece em 11 de maio.

Já o terceiro leilão do pré-sal – com as áreas de Peroba, Pau Brasil, Alto de Cabo Frio Oeste e Alto de Cabo Frio Central – será em novembro deste ano, enquanto que a 15ª rodada de concessões, a 5ª oferta de áreas marginais e a 4ª rodada do pré-sal serão realizadas de forma conjunta, em maio de 2018. Por fim, a 16ª rodada de concessões, a 6ª de áreas marginais e o 5º leilão do pré-sal ficaram para o terceiro trimestre de 2019.

Na apresentação de Oddone, o diretor da ANP estimou em cerca de 50 bilhões de barris de óleo unrisked in place nos 287 blocos ofertados na 14ª rodada de concessões, enquanto que a estimativa para a área de Peroba, no pré-sal da Bacia de Santos, possui cerca de 5,3 bilhões de barris do mesmo tipo de classificação. Já o bloco de Pau Brasil, também no pré-sal da Bacia de Santos, teria cerca de 4,1 bilhões de barris unrisked in place.

Somente nestes blocos, a soma das estimativas fica em 59,4 bilhões de barris classificados como unrisked in place, sendo que há ainda as outras seis áreas do pré-sal e outros nove blocos em áreas marginais a serem ofertadas em leilões também este ano, o que deve elevar bastante esse potencial estimado, que deve representar 10 bilhões de barris de óleo recuperável quando somados também os leilões de 2018 e 2019.

* Errata – Inicialmente, a reportagem informou que seriam mais de 60 bilhões de barris de óleo recuperável, mas as estimativas da ANP estipulam que esse volume é referente a barris de óleo classificados como “unrisked in place”, termo técnico referente ao volume de óleo in place “não riscado”. Ou seja, há uma estrutura que pode comportar esse volume, mas ele não se refere à estimativa de óleo recuperável atual.

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