CENTRO DE PESQUISA DA ELETROBRÁS TAMBÉM BUSCARÁ SÍTIOS PARA INSTALAÇÃO DE USINAS COM PEQUENOS REATORES NUCLEARES

celsoA questão nuclear definitivamente ganhou força no Brasil. Não só para as questões de geração de energia, mas para produção de radioisótopos para medicina nuclear e também no uso da tecnologia para preservação de alimentos. Esta manhã, o Presidente da ABDAN – Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares – Celso Cunha – conversou com o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e tratou do desenvolvimento dessas atividades no Brasil. Além disso, um assunto muito importante desse encontro foi o estudo de novos sítios para as instalações das futuras usinas nucleares no Brasil. A próxima, prevista no PNE 2031, será instalada no Sudeste brasileiro, embora ainda não se tenha decidido onde. Em função da riqueza que atrai a construção de uma usina, todos os estados querem, mas há quem diga que Minas Gerais e Espírito Santo estão mais “quentes” para esta escolha. Claro que o Rio de Janeiro também é um candidato forte em funçãosmal 5 de já ter uma área estudada para ter acelerado o estudo de impacto ambiental, excessivamente longo. Mas, Celso Cunha revela que na conversa com o Ministro, ele foi levar também uma reivindicação especial no sentido de incentivar a escolha de sítios para a instalação dos pequenos reatores nucleares (SMRs):

“Na verdade o ministro é um especialista no assunto. E gostou da nossa lembrança em relação aos pequenos reatores nucleares, que serão as tendências a partir de agora. O trabalho que o Cepel está fazendo, pode ser ampliado para a escolha dos sítios próprios para os SMRs. O Brasil estará também nesta vanguarda com o pleno desenvolvimento da energia nuclear e a sua imensa potencialidade de aplicações”, afirmou Cunha.

smrPara lembrar, no dia 16 deste mês, foi celebrado um convênio entre o Ministério de Minas e Energia  e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobrás. A cooperação visa estudar locais que possam abrigar novas usinas nucleares  no país. O acordo pretende auxiliar no cumprimento do Plano Nacional de Energia (PNE) 2050. O documento prevê uma expansão de 8 a 10 gigawatts na oferta de energia gerada pela fonte nuclear no período, o que demandaria a construção de novas usinas para atender à demanda. Segundo o governo, a medida é parte dos esforços de diversificação da matriz energética para reduzir a dependência da fonte hídrica. Os estudos trabalham ainda com duas outras possibilidades, nos estados de Espírito Santo e Pernambuco. O Brasil trabalha ainda na construção de mais um reator: o do submarino de propulsão nuclear, construído pelo Instituto de Ciências Náuticas e pela Nuclep. Neste caso, o combustível seria urânio enriquecido a cerca de 20%. O nível é bem acima dos 4,25% demandados pelas usinas brasileiras.

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