CHIPRE, ISRAEL E GRÉCIA FECHAM ACORDO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM GASODUTO DE 2 MIL QUILÔMETROS

SSSAAAAO presidente cipriota Nicos Anastasiades, o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu participaram em Atenas da cerimônia de assinatura do acordo para a construção do gasoduto do Mediterrâneo Oriental.  A linha terá quase 2 mil quilômetros e conectará campos de gás recentemente descobertos e a serem encontrados na bacia oriental do Mediterrâneo com os mercados europeus através de Chipre, Grécia e Itália. O projeto está sendo desenvolvido pela IGI Poseidon SA, uma joint venture do fornecedor estatal grego Depa SA e Edison SpA. A Itália deve assinar o contrato posteriormente. “Hoje, não apenas assinamos um acordo vantajoso, mas também consolidamos nossa decisão de engajamento estratégico em uma região que precisa de cooperação”, disse Mitsotakis. “ O gasoduto EastMed não é uma ameaça para ninguém“, completou.

O acordo ocorre no momento em que as tensões aumentam na região após o contencioso acordo da Turquia que delineia as fronteiras marítimas com a Líbia e afirma reivindicações em áreas do Mediterrâneo que o oleoduto pode atravessar. Os três países signatários se opõem ao acordo. A cooperação de Israel com Chipre e Grécia “aumenta a segurança e a prosperidade na região e não estamos nos voltando contra nenhum outro país”, disse Netanyahu. O acordo permite que outros países participem do projeto, disse Anastasiades. “O EastMed não pretende enviar uma mensagem à Turquia, mas promover a cooperação no setor de energia em nível regional”, disse o ministro da Energia da Grécia, Kostis Hatzidakis.

O acordo inclui uma cláusula para garantir a segurança das operações do oleoduto e contém uma única estrutura regulatória para a facilitação do projeto e um regime tributário comum que o governará. A Depa também assinou  com a Energean Oil & Gas Plc uma carta de intenções para a potencial venda e compra de 2 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano nos campos da Energean, em Israel. O acordo é considerado um passo para a viabilidade comercial do projeto e sua realização. O valor representa 20% da capacidade inicial do gasoduto.

Em dezembro, a IGI Poseidon concordou em acelerar o desenvolvimento do gasoduto EastMed e tomar uma decisão final de investimento em dois anos. A União Européia disse que apóia o projeto porque ajudará a diversificar seu suprimento de gás e a aumentar a segurança energética. O secretário de Estado dos EUA, Michael Pompeo, também destacou o apoio norte-americano ao gasoduto quando participou de uma cúpula trilateral Chipre-Grécia-Israel em Jerusalém, em março.

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