CLARIANT VAI ABRIR CENTRO TECNOLÓGICO NO RIO VOLTADO PARA O PRÉ-SAL

A Clariant Oil Services, que recentemente fechou um contrato com a OSX para o fornecimento de produtos químicos ao FPSO OSX-1, já possui dois centros tecnológicos voltados ao setor de petróleo no Brasil, e está prestes a inaugurar o seu terceiro, que será focado nas necessidades do pré-sal e também será um centro de treinamento da empresa na América Latina. O vice-presidente da Unidade de Negócios Oil & Mining Services da Clariant na América Latina, Carlos Tooge, conversou com o repórter Daniel Fraiha por email e contou sobre os novos planos, sobre a visão da empresa em relação ao conteúdo local e falou o que espera de 2012.

Quais foram os principais negócios fechados no ano?

A empresa deu continuidade ao fornecimento de soluções para diversas companhias que atuam no mercado de óleo e gás, fornecendo produtos e serviços de ponta já testados pelos principais players globais do setor. Fechamos também recentemente um contrato com a OSX para fornecer um pacote completo de produtos químicos para o FPSO OSX-1. Essa unidade da OSX, que será afretada pela OGX (ambas companhias do grupo EBX), vai produzir o primeiro óleo da petroleira brasileira.

Quais são os principais clientes da Clariant e quais são os principais setores da cadeia de óleo e gás interessados nos serviços da empresa?

Atendemos a toda a cadeia de óleo e gás, incluindo desde as operadoras de exploração e produção até fornecedores de bens e serviços que dão suporte às operações offshore e onshore dessas companhias.

Quais são os principais produtos e serviços fornecidos pela Clariant ao segmento de óleo e gás brasileiro?

Fornecemos soluções químicas sob medida para todas as fases do ciclo de vida da indústria de óleo e gás, desde a etapa de exploração e produção, processamento, transporte, refino e produção de derivados de petróleo até a recuperação de campos maduros. Somos a única empresa do mercado brasileiro com tecnologia de aplicação e síntese química, com capacitação para desenhar moléculas que deem suporte às novas demandas tecnológicas da indústria petrolífera, inclusive no pré-sal.

A empresa tem produtos voltados para a área de exploração e produção?

Criamos soluções para atender os desafios locais pensando na cadeia de exploração e produção, sim, como desemulsificantes, biocidas, sequestrantes de H2S, entre outros. Também temos soluções para processamento de petróleo pesado da Bacia de Campos, e fornecemos um pacote completo de químicos que permitem a desidratação e facilitam o escoamento do óleo no campo de Marlim, através do FPSO Rio das Ostras. A empresa também desenvolveu soluções específicas para a recuperação de petróleo em campos maduros: mais de 5 mil poços, em toda a América Latina, já utilizaram ou utilizam a tecnologia Liberate, feita sob medida para cada poço e campo. Trata-se de um pacote de químicos que reparam danos nos poços decorrentes de incrustação inorgânica, parafinas e alfaltenos, promovendo o aumento da produção e reduzindo a velocidade de declínio da curva produtiva. Outra tecnologia, de controle de produção de água, com produtos da linha Reltreat, reduziu significativamente os custos de produção.

Como foi o ano de 2011 para a empresa no Brasil?

Consolidamos ainda mais a nossa posição no setor de óleo e gás.

Quais são os projetos da empresa na área de pesquisa e desenvolvimento no Brasil?

A Clariant vai inaugurar no primeiro semestre deste ano, no Rio de Janeiro, um centro de pesquisas na área de petróleo e gás, com foco no atendimento das demandas do pré-sal. O laboratório atuará no desenvolvimento de produtos polivalentes para aperfeiçoar a logística de suprimento às áreas mais distantes de exploração e produção; químicos que combinam desemulsificantes (usados para separar o óleo da água) e sequestrantes de H2S, contaminante encontrado em teores mais altos no pré-sal brasileiro; desemulsificantes, inibidores de parafinas e inibidores de incrustação por sais. O novo centro de pesquisa da Clariant, que já possui unidades de pesquisa em Macaé (RJ) e Suzano (SP), será interligado à rede de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa, que inclui os Centros Técnicos de Aberdeen, na Escócia, e de Houston, nos Estados Unidos. Além da geração de tecnologia, essa unidade abrigará um centro de treinamento para todos os colaboradores latino-americanos, incrementando e fomentando o crescimento sustentável através do desenvolvimento humano e tecnológico.

Como a empresa vê as regras de conteúdo local?

Com parque fabril com unidades multipropósito, em Suzano, na Grande São Paulo, além de Resende e Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, estamos alinhados com a política de conteúdo nacional da ANP, tendo capacidade de atender a 90% da demanda desse mercado. Além da nossa ampla capacidade produtiva, nossas unidades estão posicionadas de forma estratégica, próximas das principais bases de suprimento offshore das principais bacias petrolíferas do país: Campos, Santos e Espírito Santo, podendo atender demandas em qualquer local do território brasileiro.

Quais são as expectativas para 2012?

Tendo em vista as perspectivas de crescimento do mercado, estamos investindo no nosso mais novo centro tecnológico, na atualização permanente do nosso parque fabril e na capacitação contínua de nossos recursos humanos, de forma a atender às demandas da indústria petrolífera e garantir assim a posição de liderança em especialidades químicas para o setor de óleo e gás na região da América Latina.

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Flavio Fraiha
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COMO SE DA A RECUPERAÇÃO DE UM POÇO MADURO ?